Chaminé Tinto 2011


Que é sabido que 2011 foi um grande ano ao nivel climático já se anda a falar há muito, que isso faz com que o trabalho dos enologos na adega seja mais fácilitado visto que a mãe natureza decidiu ajudar também me parece do senso comum...a matéria-prima usada neste lote de Syrah e Aragonez deveria ser de qualidade é um regresso á grande qualidade que este vinho sempre demonstrou e demonstra nesta garrafa. Aquela fruta madura, com grande expressividade e de grande qualidade, sumarento, é um vinho para se beber descontraídamente e visto que esta não é a melhor altura para vinhos tintos(o Verão parece que apareceu) leve 30 minutos ao frio antes de servir, vai ficar surpreendido. É bom, é barato para a qualidade e acompanha o que quiserem...muito gastronómico.(86/100 a cerca de 4€ no Pingo Doce)

Herdade da Calada JCM 2006 (Tinto)


Vinho feito apartir das castas Alfrocheiro, Trincadeira e Tinta Caiada seguido de estágio de 24 meses em barricas de carvalho da Borgonha. Gosto muito das castas em questão, se bem feito estes lotes dão vinho com boa extracção de cor, aromas intensos a fruta negra, espciarias e afins e este tem tudo e ainda um floral bastante elegante, portanto trata-se de um vinho elegante no nariz. Na boca tem aquele sabor intenso com boa estrutura para aguentar em garrafa. Para já tem um final que é não muito prolongado, mas é bastante intenso e por essa razão a associação com a comida deve ser muito bem feita ou o vinho e a comida saem defraudados...Não é um vinho de massas e com isto quero dizer que não deve agradar a todos, mas aqueles que gostam de vinhos intensos em que a fruta não é o mais evidente(portanto é um vinho de barba rija) este é um bom porto de abrigo e o seu preço de cerca de 7€ não é assim tão desajustado. (85/100)

Bucellas Arinto 2009


O arinto é uma casta que se dá bem essencialmente em todo o país, plantado de norte a sul, aparecem em blends de castas nas regiões demarcadas do Minho, Douro,Tejo, Alentejo mas é em Bucelas que adquire aquele toque especial e que define a verdadeira essência da casta. Este vinho que se trata apenas de um vinho denominado corrente, ou seja, para o consumo do dia a dia é mais do que isso, é um verdadeiro prazer á mesa. A cor do vinho é ainda bastante viva, de um palha dourado e com uma bonita lagrima a escorrer no copo. Que belas notas de evolução, maçã caramelizada, biscoito, marmelo, nêspera, bastante maduro nos aromas de fruta e na boca nota-se o potencial de envelhecimento da casta, bela acidez ainda bem marcante, com boa estrutura para aguentar os anos e termina prolongado deixando uma sensação de viscosidade na boca. Este deixou-me totalmente surpreendido e com um preço que se ficou pelos 3,25€ é de comprar sem problemas. (88/100)

Nota: É um vinho que pode não reunir consenso visto que os aromas de evolução devido á sua idade podem não agradar a todos, mas se se encontra neste grupo experimente com um queijo amanteigado, vai fazer as delicias lá em casa.