Ramos Pinto Collection 2007


Já tinha provado este vinho em várias provas e lembrei-me de achar um vinho muito interessante, agora pela 1ª vez adquiri uma garrafa e em boa hora. Isto é Douro no seu melhor, aquela fruta deliciosa e sumarenta, taninos de seda, robusto, intenso, marcante e final prolongado. Este é o meu estilo de vinho que mantêm uma saúde enorme após os seus 6 anos de vida e ainda vai durar outros tantos. A madeira dá uma subtileza ao vinho, amacia-o, torna-o complexo e mais não digo, este encheu-me as medidas. (92/100, custou cerca de 10€ na garrafeira Verde Minho em Braga)

Convento da Tomina 2009 (Tinto)



Vinho do Alentejo da região da Vidigueira mais conhecida pelos seus brancos da casta Antão Vaz. Mas aparentemente este produtor apenas tem vinhos tintos no seu portfólio, pelo menos desconheço os brancos mas posso estar enganado. Quanto ao vinho em si é feito de Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet e Alfrocheiro castas muito tipicas no alentejo e que neste caso especifico fazem um vinho robusto, intenso de aromas a fruta vermelha de bosque, com alguma resina de pinheiro. O ataque de nariz é muito bom, leva-nos para um vinho delicioso. Na boca é realmente um vinho robusto e intenso mas com taninos sedosos a prometer um final intenso. Pareceu-me algo pesado e alcoólico mas, e muita atenção a este aspecto, neste vinho a temperatura é preponderante um bocado a mais ou a menos torna o vinho alcoólico e no meu caso talvez a temperatura tivesse baixa. No entanto gostei do vinho, deu uma boa prova.(87/100, custa cerca de 6,70 na Garrafeira Nacional).

Emile Durand Chablis 2010



Já tinha bebido uma versão tinta deste produtor e da mesma região inevitavelmente, neste caso aparece-nos no copo um chardonnay da região da Bourgogne. Certamente é uma versão diferente do que encontramos aqui em portugal baseados nesta casta, os aromas são semelhantes mas este chardonnay não é tão amanteigado e cheio, é mais mineral e fresco. Falando especificamente deste exemplo de chardonnay os aromas são engraçados e em tudo a fazer o reconhecimento da casta, mas na boca faltou algo, mais envolvência do vinho e um final mais prolongado. No entanto gostei em mais proporção, deste branco do que do tinto do produtor Emile Durand. (83/100)

Cortes de Cima 2011 (Branco)


È um vinho muito bem desenhado, muito bem feito e que se bebe sem rodeios e sem grandes adornos de conversa, vai agradar numa mesa de amigos. Tenham mais do que uma á mão porque este vinho é mesmo bom, tem frescura, tem gulodice, tem uma excelente estrutura que vai encher a boca e deixa-lo a salivar. Tem aromas tropicais de qualidade, ananás, banana e bonito cheiro a flores, diria flores do campo, margaridas? Talvez, mas não interessa é mesmo bom...e por 4,49€ de que está á espera, convide os amigos e desfrute de uma salada mediterrânica, pizza, lasanha e porque não um churrasco?Perfeito!!!(88/100)

Guarda Rios 2008 (Tinto)


Feito apartir das castas Touriga Nacional, Syrah e Merlot apresenta no meu entender todas as características das mesmas. Floral da touriga, chocolate negro do Syrah e aquele fruto negro bem maduro do Merlot. O estágio de 9 meses em barricas de carvalho francês deu complexidade ao vinho surgindo aromas de tosta, baunilha, café. Na boca tem frescura, vivacidade com os seus taninos vibrantes e sumarentos. Termina com sabor a especiarias e com uma longa frescura na boca. O final é médio/longo. Bela relação preço/qualidade.(90/100, custou nem 5€ no Pingo Doce)

Quinta de la Rosa 2011 (Branco)


Estamos na presença de um produtor com créditos firmados na produção de vinhos de mesa e este branco é provavelmente um dos melhores brancos que se fazem no Douro independentemente do custo da garrafa. Uvas provenientes de vinhas velhas com mistura de castas da região, 60% Viosinho e o restante Gouveio, Rabigato, Malvasia, Códega do Larinho entre outras.
Tem um aroma muito bom, essencialmente cítrico e com a flor de laranjeira a dar um toque mais elegante ao conjunto, e depois a madeira tão cuidadosamente aplicada a dar cremosidade e uma sensação de tostas com manteiga pela manhã....depois na boca tem boa frescura e preenche a boca com a cremosidade que falamos anteriormente terminando com um final que nos faz salivar....por mais um copo! O sol acabou de bater á porta e começou de forma excelente com este branco. (91/100, custou cerca de 5,50€ em promoção no recheio de Braga)

Luís Pato Duet Bical & Cerceal 2010 (Espumante)


Espumante feito apartir das castas Bical e Cerceal, bastante usadas na região da Bairrada para os espumantes especialmente a Bical. Quanto ao espumante temos aqui um nariz bastante atraente, maçã granny smith, biscoitos e um ligeiro aroma a mosto de uva. Na boca é bastante gastrónomico, as bolhas que passeiam no copo de cima para baixo não é muito fina, e não se nota grande mousse mas surge novamente uma boa acidez na boca. É um espumante jovem ainda e bastante atractivo não sendo muito vivo mas antes harmonioso e cremoso, daí que a sugestão de acompanhamento de pratos tais como peixe,mariscos indicados pelo produtor seja bastante interessante. (88/100, custou 10€ no produtor)

Sugestões de Fim de Semana

Caves São João Reserva 2010

Um espumante a um preço bastante razoável,  acompanha bem sobremesas mas é com toda a certeza perfeito para acompanhar um prato de carne ou um peixe mais gordo, salmão por exemplo. Tem um perfil mais rustico, menos adocicado talvez precisando de mais tempo em garrafa para demonstrar o real valor. Para já está ainda verde, com a acidez bem vincada e aquele final amargo o que com um bom acompanhamento pode ser perfeito.

Muros Antigos Loureiro Escolha 2009

Este loureiro já difícil de encontrar em verdade, e se tiver o azar como eu de encontrar uma de três garrafas com cheiro a rolha pior ainda, mas se encontrar não hesite em comprar. Apesar da idade portou-se lindamente, está extremamente suave e ainda com boa acidez realçados pelos aromas citrinos. Belo vinho e grande aposta.Se não encontrar o 2009 compre o 2011 uma excelente aposta também.
Quem gosta como eu de umas boas "pastas" este é um perfeito acompanhante ou então peixes grelhados tais como robalo, dourada.

Desejo a todos um bom fim de semana!
P.S: e que o sol venha em força.

Emile Durand Pinot Noir 2009


Uma bom vinho de entrada para quem quer conhecer um pouco sobre os Pinot Noir da região onde ela se manifesta de forma mais natural, a Bourgogne. Os frutos vermelhos, o chocolate denso, moka a mostrarem-se em boa dose no nariz, na boca mostra-se aveludado e com corpo médio, no entanto preenche bem a boca mas não é fantástico nem pouco mais ou menos. O final é de café...totalmente, abafa praticamente qualquer outro sabor e depois sente-se alguma especiaria e deixa alguma secura na boca. Aconselho para massas, a mim foi com um Chao Ming de porco...e foi!!!!Bom...(83/100 a cerca de 5€ na Makro)

Fagote reserva 2003 (Tinto)


Este foi das minhas primeiras paixões no que ao vinho diz respeito, já há largos anos uma garrafa destas do ano de 2001 fez as minhas delicias, era um vinhão com toda a quela fruta generosa e de qualidade que o Douro oferece. Esta garrafa de 2003 já não tinha aquela fruta que nos assalta o nariz na primeira incursão ao copo, mas para um vinho com 10 anos(e depois desconhecemos o manuseamento da garrafa durante este tempo) o bouquet é fantastico, fruta vermelha não muito expressiva a dar lugar aos frutos secos fruto do excelente uso da barrica de 225 lts de carvalho francês que teve no meu entender um papel preponderante, a dar a complexidade ao vinho, a mostrar-se no fruto seco, figos, nozes. 
As castas são as tipicas do Douro, Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca e Tinta Roriz. Na boca é que nota-se que o vinho talvez tenha passado a sua fase, apesar de os taninos estarem ainda bem presentes, a prova de boca revelou-se curta e sem grande entusiasmo. Faltou alguma intensidade na fruta, no preenchimento de boca, no final. Curto e sem entusiasmo. Se tiver algumas garrafas deste vinho aconselho seriamente a abri-las, ou então deixe uma para abrir daqui a alguns anos..quem sabe! (85/100 por cerca de 13€ no Recheio)

Antaño Crianza 2009 Rioja (Tinto)


Vinho feito na região de vinhos mais famosa de Espanha, a Rioja, com as castas Tempranillo(Aragonez), Ganacha, Graciano e Mazuelo e sendo denominado crianza implica estágio de pelo menos 2 anos sendo que 1 deles foi em barrica. A madeira é bem evidente neste vinho, facto que por si só poderia valer uma pontuação fraca(já lá vamos), os aromas são tipicos de bagas silvestres, com algum vegetal e caruma verde. Ainda parece um vinho pouco domesticado. Não largou aquele aroma ligeiramente acre que potenciou um final curto e desinteressante. Novamente no final a madeira bem evidente. Não gostei...apesar do rotulo de Best in class...deveria ser uma turma fraca.(75/100, adquirido em Espanha no Alcampo).