Quinta da Alorna Reserva Tinto 2008


Cumprimentos a todos!!!Espero que o ano esteja dentro do possível e tendo em conta a situação, a iniciar bem e sempre com apetite voraz para as noticias enofilas.

Bem este fim de semana tive uma bela companhia ao almoço, a visita de um grande amigo, e claro o almoço correu bem e deu para desligar um pouco dos problemas normais e do facto de estar longe da familia, foi como se um pequeno almoço familiar:)

O vinho que vos falo vem de uma quinta do qual eu admiro bastante e considero um excelente projecto encabeçado por um dos grandes enologos que este país tem...nada mais nada menos do Nuno Cancela de Abreu(mas que a esta data ja abandonou a Quinta da Alorna para encabeçar um projecto no Dão).
O Quinta da Alorna Reserva Tinto 2008, é um vinho complexo pelo tempo que passou na barrica, daí neste almoço ter errado um bocadito ao não colocar o mesmo num decanter, porque merece sem duvida. Os aromas estavam bastante fechados, o sabor a madeira fechava o conjunto sem que me apercebesse de outros aromas a nao ser de frutos vermelhos intensos.
Na boca é saiu bastante fechado tambem e carregado com aroma de madeira, mas era suave e carregado nos taninos, cheio e volumoso. O final era curto.

Por vezes nos tambem erramos na maneira como tratamos o vinho antes de um almoço, porque tal como o enologo e o viticultor têm cuidados especiais com os seus vinhos e uvas, nos consumidores tambem devemos ter esse cuidado porque de outra forma os vinhos podem parecer-nos apenas razoaveis.
Neste momento nao vou atribuir nota, hei-de comprar uma nova garrafa e dar-lhe o cuidado que merece.
Em todo o caso este vinho neste momento encontra-se a menos de 5€ no Pingo Doce, na sua feira de vinhos.

Tons de Duorum 2009


Antes de iniciar este texto a falar sobre o vinho que vos trago hoje, vou-vos falar do projecto e da/s pessoa/s por tras do mesmo.
Com quase três décadas como enólogo, José Maria Soares Franco, com perto de 50 anos, estagiou na Estação Vitivinícola Nacional – tendo como companheiro, curiosamente, João Portugal Ramos, que conhecia por razões familiares desde pequeno. Ingressou depois na Ferreirinha, tendo passado a fazer parte dos quadros da Sogrape quando este grupo adquiriu aquela empresa em 1987. E foi na Sogrape que ‘se fez’ como um dos enólogos mais importantes do sector dos vinhos – e não apenas do nacional. A responsabilidade de lançar no mercado a poderosa marca Barca Velha, considerado por muitos o melhor vinho do país, conferiu-lhe a aura que se guarda para os alquimistas. É destes 2 enologos que surge este novo projecto e mais especificamente deste Douro "Tons de Duorum".

A garrafa está bonita, apelativa, porque no final de contas o rotulo deve transmitir uma mensagem sobre o vinho,historia da terra,deve apelar á imaginação das pessoas.
Este vinho tem uma bela cor, vermelho rubi intenso, e nas paredes do copo desliza com elegancia, nao muito normal num vinho novo, mas que tem uma pequena passagem por barricas de carvalho.

No nariz tem aromas intensos, fruta madura do tipo framboesa,amora envolto numa suavidade vegetal que nos faz lembrar os aromas quando entramos numa adega, ligeira madeira e englobar o conjunto sem se mostrar demasiado, tipicamente este é um vinho que apela no nariz a aromas mais rusticos e vinhos mais tradicionais mas na boca apela muito ao estilo moderno, vinhos explosivos e frescos na boca.
Este vinho na boca é muito saboroso, e carregado de taninos em boa forma.

Final elegante e duradouro, que fica na boca passado algum tempo ainda e deixa-nos com a ideia que ainda o temos na boca, sumarento.

Pessoalmente gosto deste genero de vinhos, carregados nos aromas e intensos e com final sumarento, apela a pratos fortes e a um belo queijo da serra.Penso que acompanha excelentemente um queijo amanteigado, perfeita combinação.

Sugestoes:
Queijo da serra amanteigado num final de tarde com um grupo de amigos a ouvir o artista Ray Lamontagne e a dar 2 de treta.
Quanto ao artista Ray LaMontagne sugiro a musica Jolene.

Nota Pessoal: 16