Frei João 2011 (Branco)




Vinho da bairrada todo ele, com aromas apetrolados(querosene) e resina de pinheiro, leve amanteigado aqui provavelmente a chardonnay a emprestar os seus aromas até porque entra com 50% do lote juntamente com 35% da Bical e 15% da Maria Gomes. Alguns aromas tropicais, abacaxi e banana a surgirem timidos. Na boca tem acidez tipica da bairrada, bem vincada(talvez pela casta bical essencialmente), crocante e com bastante travo amargo. Final amargo e ligeiramente seco. Nao fez as minhas delicias mas este vinho bem acompanhado por um prato, talvez um leitão da bairrada e porque não uma alheira, isto porque os pratos com mais gordura associados ao amargo e á boa acidez do vinho complementam-se em boa dose. (80 / 100, no continente por ~2,50€)

Quinta dos Roques 2009 (Tinto)




Gostei deste Dão, cacau misturado com amoras silvestres, caruma molhada, aromas tipicos de bosque, alguma resina com uma madeira muito bem integrada e discreta. Na boca é que ele é senhor, tem taninos perfeitamente suavizados e sedosos, bela acidez e uma mineralidade tipica do Dão. Termina longo e picante...assim como guloso.(88/100)

Adega de Vila Real Reserva 2010 (Tinto)




Aromas intensos de fruta vermelha, de esteva, de couro e bastante vegetal. Tem um impacto inicial intenso, mostrando um bocado de alcool já ao nivel do nariz que se vai esbatendo á medida que respira.Na boca é cheio com taninos bastante suaves e gordos, nota-se aqui a rudeza do Douro talvez com cotas mais altas, é tudo ele forte e carregado de aromas e intensidade. Em todo o caso é bastante gastronomico e acompanha pratos de vários géneros, incluido a nossa gastronomia mais rural, ou então massas com molhos mais espessos.(85/100)

Altano Quinta do Ataíde reserva 2008




Vinho feito inteiramente a partir da casta Touriga Nacional, e com os atributos próprios da casta. Fruta bem madura, amoras silvestres envoltas em raspas de chocolate e com a madeira muito bem integrada e ainda abraçados pelos aromas florais da touriga nacional. Especiarias a apimentar o conjunto e de repente se fecharmos os olhos parece que nos encontramos numa adega em plena vindima, estão lá os cheiros tipicos de bagas esmagadas que encontramos em plenas fermentações. Na boca é um vinho ainda bastante jovem, com taninos ainda ligeiramente espicaçados mas a dar uma sensação de textura aveludada misturada com leve secura. Ligeiramente picante e com uma boa sensação de harmonia entre os vários elementos. Vinho muito bem feito a dar uma bela prova se bebido já, mas sem dúvida este pode evoluir bem em garrafa desde que bem acondicionado. Acompanhou um assado no forno na perfeição, a fruta bem madura acompanha bastante bem a carne crocante e estaladiça assim como a batata doce...(90/100)

Quinta da Lagoalva Talhão 1 2011 (Branco)




Tinha alguma esperança de ter encontrado um vinho branco perfeito para acompanhar uma massa de atum e saiu-me o tiro pela culatra...não é que o vinho não seja bom até porque custou 2,99€ em promoção. Aromas tropicais, banana essencialmente a surgir em maiores tons, algum caramelizado e mentolado a aperfilhar a banana, já na boca desiludiu, algo amargo, acidez um pouco descontrolada e um final curto. É caso para dizer que o peixe morrreu na boca...(78/100)

Serra Mãe reserva 2005




Vinho feito a partir de 100% uva castelão, a denotar uma cor ruby. Tem aromas de framboesa e chocolate negro. Fruto não é muito expressivo, revelando também aromas de caroço de ameixa, bem casado por leve tosta e um toque a especiarias. Na boca é um vinho não muito carnudo, com taninos ainda aguerridos e acidez média deixando a lingua algo adstrigente. Não foi um vinho que me deixou com saudades, talvez já tenha ultrapassado a altura de o beber, apesar que pelo preço de cerca de 4€ até não foi uma compra muito errada...(15/20)

INCANTUM 2007 (Tinto)




Um Douro ligeiramente selvagem e rústico da região de Cima-Corgo, a revelar aromas de fruta madura preta, aromas balsâmicos e a rusticidade a mostrar-se em tons de couro. Cacau em pó a segurar o conjunto, tudo sempre em tons selvagens e rusticos. Na boca é um vinho com concentração, acidez a desaparecer revelando que deve ser bebido já, taninos rusticos e aguerridos. Carnudo e a encher a boca, com final agradavel e persistente. Bastante gastronomico.(16/20)

Quinta do Canto Garrafeira 1994




Esta prometia. Levou-me a tratar a garrafa com cuidado enorme e de maneira diferente. Foi aberta supostamente para ser bebida 10 horas depois, fui fazendo pequenas provas de forma a perceber se estava no ponto. As horas passavam e o vinho teimava em não abrir. No palato o vinho demonstrava qualidade, a acidez ainda lá estava, a estrutura também e o final era interminável...mas teimava em não mostrar os aromas. E assim foi até á ultima gota para muita pena minha. Ainda tenho a de 1995 vou ver como se comporta. (não atribuo nota)

Quinta da Alorna Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon Reserva 2009




Não fiquei propriamente fã deste vinho, os aromas rodam os frutos vermelhos bastante maduros, para mim fruta em demasia, envolto em madeira que devo dizer, bem integrada. Ligeiramente apimentado e com final redondo e fresco mas um pouco enjoativo para mim devido ao excesso de fruta madura. Acompanhou um cabrito assado e não conjugam muito bem. (15,5/20 e pode encontrar na garrafeira nacional por 6,10€)