Deu la Deu Alvarinho 2011 (Branco)



Um dos alvarinhos mais conhecidos das prateleiras dos hipermercados e com uma qualidade ano após ano quase imbativel. A frescura e acidez que se consegue nos alvarinhos das regiões de Monção e Melgaço é realmente bastante diferenciadora de alvarinhos noutras regiões, aquele caracter mais sedutor e quente que estas zonas nos oferecem, aquela acidez vibrante e com paladar amanteigado. Tem alperce maduro, citrinos, flor de laranjeira, casca de laranja,  tudo em excelente dose complementado por uma boca vibrante, menos amanteigada que em anos anteriores, a procurar mais a elegancia e acidez. Final médio.(87/100) Compra acertada.

Cabriz Colheita Seleccionada 2009 (Tinto)



Há vinhos em que podemos estar aqui a debitar sobre os aromas e estrutura e longevidade, mas este apenas apetece dizer que para o preço cumpre a função de acompanhar um prato na perfeição. Pede comida, conversa e pronto..está feito. Cumpre na perfeição e supera-se, é guloso na boca. (83/100, no pingo doce por 2,99€)...pronto e sem mais... termino!

Essência do vinho 2013






Esta é de alguma forma uma pequena reportagem sobre a Essência do Vinho 2013. Os meus parabéns acima de tudo pela excelente temperatura dos vinhos que permitiu uma prova interessante na sua plenitude.
O espaço do Palácio da Bolsa é lindissimo e nenhum enófilo fica indiferente ao que nos rodeia, apenas peca por ser um espaço não direi pequeno, mas que devido á sua forma arquitetónica torna muito dificil as provas junto dos produtores. Uma nota para o preço dos bilhetes, exagerado tendo em conta o que deverá ser este evento, um maneira de os produtores darem a conhecer os seus vinhos aos clientes ou potenciais clientes, porque se os produtores querem vender também têm que se dar a conhecer e isso é investir em marketing.
Mas agora vamos ao essencial e são os protagonistas, os vinhos...



Dão

Fonte Gonçalvinho Inconnu (Tinto)
Castas não identificadas, segundo o produtor é quase um mistério visto que se trata de vinhas velhas com cepas misturadas. É bastante sedoso na boca e com taninos de veludo, com final prolongado. (90/100)

Quinta da Fata Clássico 2008 (Tinto)
Belo vinho para o preço recomendado de cerca de 7€, prima pela frescura e mineralidade muito caracteristica do Dão. Na boca é bastante sedoso e com final guloso. (88/100)

Quinta da Fata Touriga Nacional (Tinto)
Trata-se de um touriga bastante fresco e com taninos irreverentes, terroso e mineral. Para quem procura um touriga menos carnuso e guloso, encontrados no Alentejo e Douro, esta é uma boa alternativa. (91/100)
Barão de Nelas Touriga Nacional (Tinto)

Este exemplo de touriga nacional é tudo o que a touriga deve ser e pelo qual é reconhecida, taninos de veludo, estrutura para dar e vender, corpo, mineralidade. Bato palmas (92/100)

Titular Colheita 2010 (Tinto)

Este foi o vinho mais barato que provei na EV e o melhor vinho que ja provei na gama de 3€. Totalmente descomprometido de adereços e complexidades, é perfeitamente gastronomico e acompanha vários tipos de pratos sem se destacar demasiado, portanto de fácil empatia. (86/100)

Quinta do Perdigão



Quinta do Perdigão Encruzado 2011 (Branco)

Excelente exemplo de um encruzado do Dão, menos carregado nos aromas e no corpo, procurando mais a frescura e mineralidade. Algo seco no final e com acidez crocante. (90/100)
Quinta do Perdigão Touriga Nacional Rosé 2012 (Rosé)
Que bel rosé, fiquei totalmente surpreendido, bom de corpo e porte, bastante guloso e sumarento num final enorme. Dos melhores rosés que provei na EV senão mesmo o melhor. (91/100)
Quinta do Perdigão Colheita 2008 (Tinto)

Vinho de entrada desta casa no que aos tintos concerne, e que bela entrada para o que havia de vir, sedoso, terroso, frescura e jovialidade. Um vinho de facil leitura e de fácil empatia. (88/100)
Quinta do Perdigão Alfrocheiro 2009 (Tinto)

Para mim uma das estrelas da noite, não por ser dos melhores, mas pela empatia e surpresa que criou na mente. Todo ele sedoso e envolvente na boca, alguns aromas melados completam este vinho. Bato palmas ao produtor (92/100).
Quinta do Perdigão Touriga Nacional 2008 (Tinto)

Novamente um touriga nacional e com toques de bastante especiaria e cacau. Fresco, sedoso e mineral. Final enorme e picante. (91/100)

Quinta dos Carvalhais Único 2009 (Tinto)


Um dos melhores da noite e o melhor do Dão. É mesmo único e é composto por Touriga Nacional, e este poderá ser o melhor exemplo de Touriga Nacional que temos no país. Parece mais um blend tal é a sua complexidade. Não me vou detalhar muito sobre o vinho, apenas digo que é um vinhão com estrutura para longos anos em garrafa, e com final cheio, guloso, complexo, tudo o que possam imaginar num final de prova é o que este vinho oferece. (95/100)


 PAPE 2010 (Tinto)



Este foi o vinho que mais me agradou na prova de vinhos feito do produtor quinta da pellada, que se fez representar pela sua distribuidora Decante. Vinho cheio e envolvente, aromas de terra e caruma. Fruta de excelente qualidade com uma bela camada de chocolate negro. (93/100)

Primus Branco 2010


Ano após ano um dos melhores vinhos brancos nacionais e justamente merecido. Na boca é uma panóplia de aromas, vinho extremamente equilibrado e elegante. Maça verde e alguns fumados a darem complexidade ao vinho, madeira sem grande intervenção. Grande, grande branco. (94/100) 

Quinta da Vegia reserva 2007

Extremamente elegante e sofisticado, num corpo não muito cheio, mas extremamente irreverente e gastronomico. Gastronomico é palavra de ordem nestes vinhos do Dão que provei  e este não foge á regra.(92/100)

Vinhos Verdes


Quinta de SanJoanne Colheita 1998


E quem diz que um vinho verde não evolui nobremente e com qualidade, bem que prove uma garrafa destas e se engane redondamente. Os niveís de aromas qui provados vão muito além de qualquer coisa que já tenha provado na minha vida. Aromas de cola, resina, diluente, portanto aromas tipicos de envelhecimento. Na boca é que a coisa sobe de tom, wow.... ainda com uma acidez impressionante, gelatinoso na boca, denso, e estrutura para dar e vender. Mudou a percepção dos vinhos verdes e dos vinhos brancos para mim. (96/100)

 Quinta de SanJoanne Superior 2009


Este é o vinho topo de gama da casa, e um verde num nivel totalmente superior, é impressionante a quantidade de aromas que se encontram neste vinho e a sua acidez é de louvar aos deuses, e por essa razão é um vinho para envelher na perfeição, mas bebe-se já com uma qualidade superior.(93/100)

SanJoanne Passi (375 ml)


Feito de uvas loureiro e alvarinho pelos vistos desidratadas em esteiras, similar ao processo do vinho do gelo mas adequado a climas quentes. è um tipico vinho de sobremesa, mas não é muito doce, algo leve e com sabor de passas, tem acidez crocante e um final extremamente fino. Acompanha queijos de pasta mole. Este vinho é feito segundo o estilo dos vinhos passito feito em Itália. De aplaudir um vinho diferente e original que desconhecia totalmente. A região dos vinhos verdes continua a surpreender. Apenas 11,5% de alcool.
Arca Nova Vinhão 2012


Grande exemplo da frescura da casta vinhão, o aroma esse é intenso e muito tipico e conhecido de quem já provou aqueles vinhos agrestes do norte do país. Mas na boca o vinho assume outros contornos que não rudeza. É um vinho perfeito de verão e acompanha varios pratos, especialmente grelhados. (85/100)

Alentejo


Dona Maria 2012 (Rosé)


Excelente rosé, seco e não demasiado encorpado, bastante equilibrado e não demasiado guloso, termina longo e seco. Muito bem.(89/100)

 Dona Maria Petit Verdot 2009 (Tinto)


Belo vinho e provavelmente um dos melhores exemplos desta casta em Portugal. Floral, com bagas silvestres e taninos fortes mas sedosos ao mesmo tempo. Austero e sério. Final apimentado.(92/100)

Júlio B. Bastos Alicante Bouschet 2007 (Tinto)


Imponente tinto de uma das casta imponente do Alentejo e uma das suas melhores. É um vinho que preenche a boca e deixa um aroma austero e complexo no nariz. Mostra-se em tons fumados e silvestres. Mostra fruta preta e cacau, a tosta é excelente mas perceptivel, sem no entanto encobrir os aromas tipicos da casta. Final mais sério do que guloso, mais imponente que sedoso. Excelente. (93/100)

Dom Rafael 2009 (Tinto)


Excelente vinho para a sua gama, uma escolha completamente acertada. É frutado, tem amoras silvestres e algum chocolate negro misturado com alguns aromas terrosos. (89/100)

Ponte das Canas Colheita 2009 (Tinto)


Um nivel acima do seu irmão mais novo o Dom Rafael, mais complexo mas menos frutado. Penso que o seu irmão mais novo tem aromas de fruta madura enquanto este é mais fechado e terroso. Na boca é cheio e com belo corpo mas não em demasia, enche a boca mas não a torna enjoativa. Termina bastante longo. (90/100)

Mouchão 2007 (Tinto)


Este está noutro nivel e mistura-se com os melhores de Portugal. Imponente e com uma elegancia como pouco se vê, taninos de caxemira, todo ele num equilibrio majestoso e envolvente. Cativante e viciante...(94/100).

Douro


Quinta da Leda 2009 (Tinto)


Este tem classe e elegância a dar com rodos...permitam-me a expressão. É tudo o que um vinho deve ser, estruturado com excelente acidez, aromas a roçar o cacau, especiarias, todo ele bastante complexo e aromático. A madeira é de grande qualidade e a suavizar um conjunto elegante. Grande vinho e um dos melhores do dia...(95/100)

Herdade do Porto da Bouga Garrafeira 2008

Feito das castas Touriga Nacional e Syrah, é um vinho com fruta madura de excelente qualidade, flores de jasmim, alguns frutos silvestres, raspas de chocolate negro, a madeira excelentemente integrada a deixar a fruta fazer o seu papel mas a dar-lhe um toque algo silvestre em jeito de resina e casca de pinheiro. Temos aqui um frutado excelente, um regozijo para o nariz, onde ainda podemos descortinar alguma noz moscada. Na boca não é carnudo mas sim mais mineral e fresco algo mais na onda de um vinho do Dão, talvez beneficiado aqui pela frescura da serra de São Mamede. Ali os vinhos são mais frescos e minerais associados a bela acidez. Termina bastante elegante na boca deixando no palato algo de bastante guloso e mineral, e fica e fica e fica.....ate que termina o sabor!
Acompanhou muito bem uma massa de coelho, aliás é um vinho excelente para massas, isto porque a leveza do seu corpo e estrutura permite comidas mais mediterrânicas.(89/100)

Catedral Reserva 2007



Um blend de 3 castas, Tinta Roriz (50%), Alfrocheiro (30%), Touriga Nacional (20%) surgem para fazer este vinho de cor granada e aromas de fruta madura vermelha do genero ameixa, algum aroma silvestre de amoras abraçado por algumas raspas de chocolate negro. Tosta dada pelo estágio em madeira a cumprir o seu papel de harmonizar o conjunto, resultando um vinho bastante harmonioso entre a  boa acidez os taninos aveludados e um final suave e guloso. Nada de mais e nada de menos aqui...é um vinho bem feito e pelo preço de 2,50€ em promoção numa garrafeira...perfeito.(83/100)

Vale do Rico Homem 2011 (Tinto)



Este é um vinho perfeito para o dia-a-dia, tem notas elegantes de fruta azul tipo mirtilos, envolvido por uma bonita camada de chocolate de leite e tosta suave de barrica. Tem uns pujantes 14,5% de alcool que se notam no corpo que demonstra, é um vinho envolvente com taninos bastante suaves, deixando um final guloso e persistente. È perfeito para a mesa, bastante gastronómico e acompanhará vários tipos de comida, desde os assados, aos refogados e no meu caso especifico bastou uma massa com panados de perú....perfeito!(83/100, cerca de 3€ no seu hiper mais perto)

Tasca da Esquina




Tasca da Esquina



Esta foi a minha primeira experiência neste restaurante e saí de lá plenamente satisfeito, com o atendimento, simpatia,rapidez e acima de tudo a temperatura dos vinhos. A comida foi excepcionalmente confeccionada e acompanhada por 3 vinhos de igual qualidade.
Quinta da Alorna Rosé Touriga Nacional 2011 - para quem se quiser iniciar nos rosés este deverá ser um belo ponto de partida com um preço a rondar os 5€. Gostei bastante.
Quinta dos Carvalhais Colheita 2009 tinto - que belo vinho, que belo dão e de certa forma um dão muito igual a si própio, belas notas de fruta madura e de excelente qualidade, terroso e com notas de chocolate muito bem integradas. Aconselho este vinho de olhos fechados, custa cerca de 9€ no continente.
Quinta da Bacalhôa Moscatel roxo 2000 - Soberbo vinho, com acidez franca e a segurar o vinho por inteiro, como se ele se segurasse na sua acidez para viver. Adorei. Este custará cerca de 20€ na garrafeira nacional.
Para quem quiser experimentar a cozinha do Chef Vitor Sobral cá está um bom restaurante e por preços que podem ser elevados ou não dependedo dos vinhos e dos menus. Tanto poderá pagar 15€ como 50€.
Relembro que o serviço de vinhos e as suas temperaturas foram de elevada qualidade e tem serviço a copo.

Quinta dos Termos Reserva 2007 (Tinto)




É preciso dar tempo para um vinho se mostrar depois de aberto e este é um dos casos. Inicialmente era apenas mais um vinho bem feito e igual a tantos outros por menos preço, mas depois tornou-se algo mais complexo a tempo de ainda dar uma bela prova. Os aromas são tipicos de fruta madura, com um travo vegetal, e com belas notas de chocolate em pó. A madeira a mostrar-se timida mas a dar a complexidade ao vinho. Na boca é cheio, daqueles que precisam de um prato tambem com corpo, taninos aveludados mas ainda jovens, ainda poderá evoluir bem em garrafa. (87/100. 7,50€ no continente)

João Pires 2011 (Branco)



Feito da uva moscatel apenas, revelou-se uma bela surpresa pois nunca tinha provado este clássico, e apetece-me voltar a provar. Tem notas de moscatel tal como o conhecemos, o pessego bem maduro, com notas de cola intensas, flores de primavera trata-se portanto de um vinho com notas expressivas no nariz. Na boca é adocicado mas não em demasia tornando-o um belo acompanhante de pratos leves que no meu caso foram uns mexilhões á Bulhão Pato. Finaliza suave, guloso e persistente. (84/100 por cerca de 3,90€ no pingo doce)...não tenha medo vá comprar sem reservas.