Quinta da Alorna Reserva Tinto 2008


Cumprimentos a todos!!!Espero que o ano esteja dentro do possível e tendo em conta a situação, a iniciar bem e sempre com apetite voraz para as noticias enofilas.

Bem este fim de semana tive uma bela companhia ao almoço, a visita de um grande amigo, e claro o almoço correu bem e deu para desligar um pouco dos problemas normais e do facto de estar longe da familia, foi como se um pequeno almoço familiar:)

O vinho que vos falo vem de uma quinta do qual eu admiro bastante e considero um excelente projecto encabeçado por um dos grandes enologos que este país tem...nada mais nada menos do Nuno Cancela de Abreu(mas que a esta data ja abandonou a Quinta da Alorna para encabeçar um projecto no Dão).
O Quinta da Alorna Reserva Tinto 2008, é um vinho complexo pelo tempo que passou na barrica, daí neste almoço ter errado um bocadito ao não colocar o mesmo num decanter, porque merece sem duvida. Os aromas estavam bastante fechados, o sabor a madeira fechava o conjunto sem que me apercebesse de outros aromas a nao ser de frutos vermelhos intensos.
Na boca é saiu bastante fechado tambem e carregado com aroma de madeira, mas era suave e carregado nos taninos, cheio e volumoso. O final era curto.

Por vezes nos tambem erramos na maneira como tratamos o vinho antes de um almoço, porque tal como o enologo e o viticultor têm cuidados especiais com os seus vinhos e uvas, nos consumidores tambem devemos ter esse cuidado porque de outra forma os vinhos podem parecer-nos apenas razoaveis.
Neste momento nao vou atribuir nota, hei-de comprar uma nova garrafa e dar-lhe o cuidado que merece.
Em todo o caso este vinho neste momento encontra-se a menos de 5€ no Pingo Doce, na sua feira de vinhos.

Tons de Duorum 2009


Antes de iniciar este texto a falar sobre o vinho que vos trago hoje, vou-vos falar do projecto e da/s pessoa/s por tras do mesmo.
Com quase três décadas como enólogo, José Maria Soares Franco, com perto de 50 anos, estagiou na Estação Vitivinícola Nacional – tendo como companheiro, curiosamente, João Portugal Ramos, que conhecia por razões familiares desde pequeno. Ingressou depois na Ferreirinha, tendo passado a fazer parte dos quadros da Sogrape quando este grupo adquiriu aquela empresa em 1987. E foi na Sogrape que ‘se fez’ como um dos enólogos mais importantes do sector dos vinhos – e não apenas do nacional. A responsabilidade de lançar no mercado a poderosa marca Barca Velha, considerado por muitos o melhor vinho do país, conferiu-lhe a aura que se guarda para os alquimistas. É destes 2 enologos que surge este novo projecto e mais especificamente deste Douro "Tons de Duorum".

A garrafa está bonita, apelativa, porque no final de contas o rotulo deve transmitir uma mensagem sobre o vinho,historia da terra,deve apelar á imaginação das pessoas.
Este vinho tem uma bela cor, vermelho rubi intenso, e nas paredes do copo desliza com elegancia, nao muito normal num vinho novo, mas que tem uma pequena passagem por barricas de carvalho.

No nariz tem aromas intensos, fruta madura do tipo framboesa,amora envolto numa suavidade vegetal que nos faz lembrar os aromas quando entramos numa adega, ligeira madeira e englobar o conjunto sem se mostrar demasiado, tipicamente este é um vinho que apela no nariz a aromas mais rusticos e vinhos mais tradicionais mas na boca apela muito ao estilo moderno, vinhos explosivos e frescos na boca.
Este vinho na boca é muito saboroso, e carregado de taninos em boa forma.

Final elegante e duradouro, que fica na boca passado algum tempo ainda e deixa-nos com a ideia que ainda o temos na boca, sumarento.

Pessoalmente gosto deste genero de vinhos, carregados nos aromas e intensos e com final sumarento, apela a pratos fortes e a um belo queijo da serra.Penso que acompanha excelentemente um queijo amanteigado, perfeita combinação.

Sugestoes:
Queijo da serra amanteigado num final de tarde com um grupo de amigos a ouvir o artista Ray Lamontagne e a dar 2 de treta.
Quanto ao artista Ray LaMontagne sugiro a musica Jolene.

Nota Pessoal: 16

Blandy's verdelho 5 anos



Os Blandys são notáveis sendo a única família de todas as fundadoras originais do negócio do vinho Madeira que continuam a ser proprietários e gestores da empresa de vinho original; 2 séculos de produção de vinho de alta qualidade. A família tem tido um papel principal no desenvolvimento do vinho Madeira perdurando durante uma longa história os membros da família continuam a viver na ilha, mantendo uma tradição que remonta a 1811. Michael e Chris são a 6ª e 7ª geração a trabalhar no negócio.

Nos anos de 1980, os Blandys abordaram os Symingtons que trouxeram uma extensa rede de distribuição global e uma método abrangente de qualidade para alem de uma experiência de vinificação valiosa conquistada através de longos anos como protagonistas na industria do vinho do Porto.("excerto tirado do site http://www.blandy.com/pt/empresas/blandysmadeira.html").

Quanto ao vinho em si, um verdelho com 5 anos em casco de carvalho americano segundo o processo tradicional de ‘Canteiro’.Isto inclui um delicado aquecimento do vinho no sotão dos armazéns no Funchal. Ao longo dos anos o vinho vai sendo transferido dos pisos superiores aos pisos intermédios, e eventualmente para o piso ao nível do chão onde é mais fresco. Após esta ‘estufagem gradual’ o vinho é filtrado e clarificado, sendo depois engarrafado.
A sua cor é muito semelhante á de um moscatel com a mesma idade, dourado reluzente.
Na nariz é um vinho com boas notas ligeiramente caramelizadas, mel, frutos secos, englobados por uma ligeira brisa tropical.
Na boca tem boa acidez, com toque de citrinos e ligeiro mel como que a segurar a explosão de aromas, retendo-os sem que se tornem demasiado expressivos.
Tem final longo, com boa estrutura, boa acidez.
Saliente que claramente este vinho ganha bastante se tiver a uma temperatura de 12%, porque de outro modo torna-se demasiado alcoolico, como aguardente.

Nota de prova: 15,5.

Conde de Palma Reserva 2006



Olá a todos enófilos deste mundo!

Bem hoje trago-vos um vinho de uma herdade com cartas dadas e com qual os vinhos me identifico.Boas estruturas, carregados de aromas e taninos bem polidos com muito sumo e finais excelentes, sumarentos.
Mas falando mais exactamente do vinho que vos trago eis a minha nota de Prova.

Os primeiros aromas são timidos, fechados, que depois se transformam em tudo verde, milho verde, cana verde, muito verde, com ligeiras notas amentoladas, mas sem madeira a englobar e amaciar o conjunto, penso que a este vinho faz falta madeira, notas tostadas. Este vinho nao deverá claramente ser bebido enquanto jovem, pode aguardar uns anitos, mas sem certeza de que isso possa ajudar, eu gosto de pensar que sim. Na boca os taninos tao pouco limados ainda, nao demasiado agressivos, mas ainda explosivos, verdes.
Final é bom e de certa forma elegante, com notas sumarentas.

Nota de Prova: 15,5

Moscatel do Douro Favaios Colheita 1989



A história de Favaios perde-se no tempo. O seu nome provém de "Flávius", antiga povoação romana, que pertencia à terra de Panoías. E o seu desenvolvimento acompanhou as Dinastias.
É nessa Vila desde 1952, na Região Demarcada do Douro, que a Adega Cooperativa de Favaios se tornou uma das maiores e mais reconhecidas do país em particular pela qualidade inconfundível do seu Aperitivo e Moscatel de Favaios.
Numa visita a esta adega o ano passado, num passeio familiar, vindos de Braga tinhamos uma passagem programada na adega e foi lá que adquiri este Favaios Colheita 1989.
A sua cor faz lembrar a de um tawny envelhecido, com ligeira cor âmbar fruto do seu estágio em tonéis de castanho e barricas de carvalho.
Tem aromas untuosos, de resina, e frutos secos com toques de citrinos. Nas paredes do copo denota-se um bom corpo e densidade. Na boca tem boa acidez es.e o seu sabor prolonga-se.
É um belo moscatel de entrada para quem nao conhece os seus sabores.
Na adega este moscatel custou apenas 10€ pelo que foi uma boa compra.

Nota Pessoal: 16 valores
Castas: 100% Moscatel Galego

Quinta do Infantado Reserva Dona Margarida


Olá a todos!!!
Apareço hoje(passado já algum tempo) com este vinho do Porto que custa nada mais nada menos do que 10€(ou menos)....pode encontrar no Jumbo e garrafeiras.
è a 2ª vez que provo este vinho e tal como a 1ª vez este vinho deixou-me surpreendido...nao..bastante surpreendido. Este vinho é a entrada perfeita para quem quer surpreender amigos, ou entrar no mundo dos vinhos.
Tem uma bela cor, tijolo sem o anel, ou seja, quando vira o copo na diagonal, nao mostra qualquer anel, a cor é igual por ele todo, parece um vinho ja com 10 anos em barrica.
Tem fruta seca, figos daqueles tipo pingo de mel..conhecem?Delicioso!!!e nao sendo demasiado doce, tem passas de frutos, tem laivos de seiva,cola...isso mesmo cola(de colar nao coca cola:))mas nao é necessariamente ma, neste caso é perfeito e normal nestes vinhos com aromas de figo e laivos de seiva.Tem excelente fruto, maduro, no ponto,envolto num pequeno tostado.Tem uma boa acidez e é extremamente suave na boca, boa acidez e um final prolongado.Deixa-nos a mastigar em seco.

Adorei este vinho e provavelmente tem das melhores relações preço/qualidade, como já nos habituou a quinta do infantado.

Se quiserem comprar um vinho pro natal, e nao querem gastar muito(maldita crise) entao este vinho é perfeito.

Nota pessoal: 16,5
Acompanha muito bem chocolate de avelas,noz, e mesmo um queijinho de cabra curado, mas nao demasiado intenso, visto que este vinho tambem nao tem taninos agrassivos, antes suaves.

Boas compras...

Um pouco mais mas esperemos não só do mesmo

Ora viva!!!
Este blog tanto termina como volta a surgir...a verdade é que ando um pouco aliado das lides do vinho:)bebo na mesma as minhas garrafinhas mas não com a mesma peridiocidade e acabo por não ter as condições ideais para armazenar as mesmas, pelo que posso induzir em erro as minhas avaliações.
Mas a verdade é que não queria terminar este cantinho para escrever os meus desabafos e acima de tudo puder aprender mais um bocado. penso que desta vez vou apostar um pouco mais em musica e divulgar tipos de musica e bandas que se destacam nesse estilo. Visto que existem blogs e sites que divulgam quais os melhores vinhos para acompanhar certos pratos...mas e porque não ter a musica ideal a acompanhar a bebida ideal:) parece-me uma excelente ideia...vou tentar prometo!!!!!Bem seja bem-vindo a mais um ressurgimento!!!

Chaminé tinto 2007

O vinho que vos falo a seguir vem-nos de um produtor bastante reputado no panorama vitivinicola, Cortes de Cima. A Cortes de Cima é uma propriedade familiar de 35 hectares de vinha, localizada na Vidigueira no Alentejo. O seu símbolo, uma talha, representa uma homenagem aos romanos que usavam a talha para fermentação e armazenagem do vinho, um costume ainda hoje mantido. Os olivais antigos, compartilham o terreno com limoeiros, vinhas e ruínas romanas. Aqui César impôs a sua Pax Júlia. Aqui Vasco da Gama foi elevado a Conde em 1519 ao regressar das suas viagens de Descobertas.


O Chaminé 2007 tem uma belissima cor rubi carregada, revela aromas a cereja, ameixa,frutos silvestres e especiarias, assim como caroço verde, aina parece aguentar um pouco mais em garrafa. Médio de corpo. No paladar, sente-se alguma doçura, do tipo cacau, assim como um leve apimentado a dar uma frescura intensa ao conjunto. Os taninos presentes fornecem ao vinho um equilíbrio e uma bela estrutura. Este vinho tem uma fruta exótica, pouco normal num vinho portugues...Não o beba á temperatura normal, de cerca de 17 graus, este precisa de estar mais fresco cerca de 13,14 graus..se nao torna-se muitopesado e alcoolico...

Nota pessoal -> 15,5/16 valores

Preço -> 6 €

Conde D' Ervideira reserva branco 2004


Bem, mais um vinho alentejano do mesmo ano que o anterior, mas desta feita branco, e que belo branco.

Este Conde D'Ervideira tem arrecadado alguns prémios, e ao provar este branco percebe-se porquê. Mas que belo branco para o preço praticado, no meu caso comprei-o pela revista dos vinhos, mas o seu preço deve rondar os 8 euros.

Tem excelentes notas de frutos tropicais, mas que fruta elegante e pronta a comer,"beber" neste caso. A embalar esta fruta está uma bela baunilha, cremosa e sedosa, a fazer lembrar uns acordes misteriosos e complexos dos King Crimson, espero que conheçam este grupo musical, se nao aproventem para beber esta garrafa ao som da Matte Kudasai do album Discipline deste grupo. Parece uma brisa de felicidade que nos atinge, tanto a musica como o vinho, tal é o saber imposto pelos dois nas suas obras.Voltando ao vinho, apresenta umas tostas com uma manteiga cremosa e deliciosa, assim como um queijinho da serra. Passado uns minutos aparece um belisimo vegetal quase que a pedir licença para entrar. Praticamente não existem notas soltas neste reserva, está muito bem feito.
O seu final é interminavel e guloso, cheio de suavidade e cremosidade, até faz com que a saliva nos salte á boca quando acabamos de o beber. Taninos excelentes.

Está no ponto para ser bebido, não ganha mais com a espera.
Nota pessoal -> 16,5 valores

Alabastro Reserva 2004


Este Reserva tinto de 2004, esse ano quente e emorável para nós portugueses, sim memoravel porque nao interessou no fim termos perdido perante a Grécia, mas sim o ambiente que rodeou este campeonato.

Quanto aos vinhos tambem saíam quentes e cheios de alcool, como este que vos falo a seguir.

Tem uma cor rubi, com a espuma a cair no copo com uma cor carregada. Apresenta aromas maduros, de ameixa e cereja, assim como framboesa. Tem uma boa baunilha a amaciar e envolver o conjunto dos aromas, fruto do estágio em barrica de carvalho. Na boca é sedoso e volumoso com taninos poderosos, este não enganava ninguém, é um puro Alentejano, cheio de raça. É ligeiramente apimentado e apresenta notas de chocolate e menta. Só apresenta uma nota solta, o excesso de alcool que apresenta. Devido á maturação evidente das uvas fruto do verão quente, tornu-se provavelmente um vinho forte, a necessitar de um belo naco de carne a acompanhar. Tem um final persistente e apimentado.
Este vinho provém de uma das mehores casas de portugal a fazer vinho, as Caves Aliança.
Nota Pessoal -> 16 valores

Preço -> cerca de 6 euros no intermarché.

Lisa 2006 Branco


O vinho que vos falo hoje provem de uma quinta lá para a belissima zona de terras do Sado, de umas vinhas situadas nas encostas da Serra da Arrabida. A quinta é de Catralvos de onde tem surgido vinhos que têm arrecadado alguns prémios, tanto em portugal como no estrangeiro .


Castas -> 100% Moscatel.

Vinificação -> Maceração pelicular seguida de fermentação a baixa temperatura.


Este vinho surge-nos om uma cor palha-dourado, boa limpidez. Depois de mexer o copo, num movimento que todos os enófilos conhecem, coeção por nos surgir aromas tropicais e florais bastante elegantes, assim um certo adocicado, talvez rebuçado. Mais tarde, já talvez no 2º ou 3ºcopo, começa por surgir aromas vegetais, a fazer lembrar tambem umas papas de sarrabulho, a ficar cada vez mais intenso.

Já na boca este vinho não é tao apetecivel, tendo perdido os pontos nessa area. Tem falta de acidez, é suave e elegante mas perde por nao oferecer vivacidade..O final é adocicado.Fácil de agradar para quem não está habituado a beber diariamente.

Nota Pessoal -> 14,5
Preço -> 2,39 no continente

P,S: Acompanha bem umas massas ou saladas, agora que chega o verão.

Quinta do Castelinho LBV 1996

Breve História da Castelinho Vinhos, S.A:

-> A criação do Entreposto do Douro em 1986, veio possibilitar o envelhecimento e exportação directa a partir da Região Demarcada do Douro, até então só possível através do Entreposto de Vila Nova de Gaia e a Castelinho passou a apostar na criação de marcas próprias. Alguns anos mais tarde torna-se num dos primeiros produtores a exportar directamente Vinho do Porto a partir da Região Demarcada do Douro e alcança um lugar de destaque na produção e comercialização de Vinho do Porto. Com a criação da Castelinho Vinhos, S.A. em 1990, iniciou-se uma verdadeira lógica empresarial de produção e comercialização de vinhos da Região Demarcada do Douro.


O Vinho que vos fao a seguir e provêm desta quinta, é o LBV 1996 engarrafado em 2001, e que obteve varias medalhas incusive a medalha de prata no:
Mundus Vini 2002 - Alemanha;
Concours International de Bruxelles - 2001;

Castas: Touriga Nacional, Tinta Barroca, Tinta Roriz, Touriga Franca.

Côr -> tijolo, bastante escuro, retinto.


Nariz -> Importa salientar que deve quase que obrigatoriamente decantar este vinho, senão abra a garrafa 1 hora antes e coloque no copo 5 minutos a respirar...vai ganhar muito om isso.


Este vinho realmente é uma bela compra para o preço. Tem figos, morango, cerejas, chocolate e aromas florais, tudo em perfeita harmonia, depois surge notas de tabaco e madeira muito elegante a afinar o conjunto..Passado um pouco surge o aroma melado, como eu gosto de um porto com aromas melados...acompanha muito bem chocolate...
Boca -> è elegante e fino, taninos vivos mas bem domesticados, é guloso e volumoso e deixa um final muito agradavel e persistente.Harmonioso.Passado uns bons minutos o sabor ainda lá estava. Excelente acidez e está picante..muito bom.

Nota Pessoal -> 16,5
Preço -> 10€ no continente

Quinta da Alorna Branco 2007

Saudações a todos os enófilos.....

Hoje venho vos falar de um branco de uma casa que muito me fascina com os seus vinhos, elegantes, de topo e classe!!!

O quinta da alorna branco 2007 está aí nas prateleiras dos hipermercados, e que bem que ele está . Aproveitem para comprar uma garrafita, porque o preço tambem é convidativo...não excede os 3 euros.

Castas -> Arinto e Fernão Pires.

Vinificação -> As uvas de vindima manual são prensadas e o mosto defecado fermenta em cubas a 15ºC. Após o lote final, o vinho foi estabilizado pelo frio e clarificado antes do engarrafamento.

Apresenta uma côr brilhante, verde-agua. Os aromas vão desde os citrinos, á elegancia de frutos tropicais como a manga, ananas, ligeiro aroma vegetal a embrulhar o conjunto, palha seca a esconder-se por detrás dos vários aromas, denota-se uma elegancia fora do normal num vinho desta categoria...Na boca é cheio de vida, acidez muito boa, e um belo amanteigado a amaciar o conjunto e a deixar um belo final, guloso, preenche a boca com suavidade, sedoso e com volume...


É um belo vinho para acompanhar as massas e saladas frescas de verão...

Nota Pessoal -> 15 valores

Quinta do Portal reserva 2004


A Revista de Vinhos, após um ano inteiro a analisar e avaliar as várias empresas do sector vitivinícola, atribuiu o prémio de EMPRESA DO ANO 2007 à SOCIEDADE QUINTA DO PORTAL. É de lá que nos surge este reserva 2004.

Côr -> É sem duvida uma excelente aposta, este vinho é carregadissimo na cor, a denotar um ligeiro acastanhado, fruto do estagio em barrica...

Nariz -> Aparecem notas de framboesa, compota...marmelada...aromas pronunciados de frutos vermelhos finos e elegantes..Quimico floral a englobar o conjunto sem exageros...no sitio certo..

Boca -> na boca é cheio, volumoso...sedoso, e com taninos em excelente forma..este vinho ainda pode ganhar com a espera, mas neste momento está numa excelente forma..para acompanhar pratos gulosos, coelho selvagem, pato..tem um final muito elegante..marcado por ligeira adstrigência. Final ainda não é suficientemente elegante, precisa de uma certa acalmia..está um pouco irreverente, verde..

Nota Pessoal: 16 valores

Quinta de Cidrô rosé 2006

Fontes históricas relatam-nos que as primeiras vinhas plantadas na Quinta do Cidrô datam do início do Séc. XIX, altura em que, o estão proprietário, o Marquês de Soveral, mandou construir um imponente palácio.
Localizada na melhor área para a produção de vinhos de mesa no Douro, nomeadamente São João da Pesqueira, a Quinta do Cidrô foi transformada numa vinha modelo.As mais modernas técnicas de viticultura foram utilizadas para plantar apenas as melhores castas.
Este Rosé é produzido apartir de sangras efectuadas a cubas de Touriga Nacional do Cidrô. Quinta esta que pelas características ecológicas de S. João da Pesqueira, onde está localizada, há muito que estabeleceu credenciais no domínio dos vinhos Tintos.

Castas -> Touriga Nacional 100%
Côr -> rosa forte, carregado. Bela limpidez.

Nariz -> Aromas um pouc timidos, elegantes e muito suaves não havendo aqui exageros, mas se tivesse um pouco mais desses aromas não faria mal nenhum...Sugestões de morango,cereja e ameixa, enrolados em toques de rebuçado, com uma capa de aromas vegetais finos.

Boca -> è elegante e concentrado... e tem uma bela acidez....preenche a boca com os seus taninos aguerridos...e deixa um final picante e pujante....agradavel...a pedir comida não muito leve...acompanha bem carnes...talvez coelho...

Nota Pessoal -> 15 valores
Grau de Alcool -> 13,5%

Ninfa Tinto 2004

Vinho regional ribatejano feito de vinhas localizadas na encosta da Serra dos Candeeiros com a exposição a nascente.
A vindima foi feita em Setembro de 2004, manual para caixas de 15 Kg.
As uvas obtiveram arrefecimento, e a sua fermentação foi feita em lagar de inox a uma temperatura de 26ºC, após desengace total.

Côr -> Bonita cor meia acastanhada, a sugerir estágio em barricas mas o mesmo não é descrito na garrafa, com ligeirissimo centro opaco, quase nulo. Visto ser um vinho com quase 4 anos pode ter obtido a cor com o tempo em garrafa.
Nariz -> Frutos silvestres, subitamente aparecendo aromas humidos mais usuais nos lagars antigos. Tem caroço verde, sugerindo ser de manga, bastante forte. Aparecem aromas de geleia de framboesa.
Boca -> Bastante suave e guloso, com taninos um pouco adormecidos, é um vinho aveludado mas com falta de acidez, mesmo assim a proporcionar um final prolongado e guloso.Talvez o seu consumo nos 2 anos seguintes á sua vinificação proporcionassem um vinho de maior qualidade.

Nota Pessoal -> 15,5 valores
Preço -> 3,59 €

Ressuscitar para a enofilia

Bem meus amigos enofilos e audiofilos, estou de volta, espero eu para tentar voltar a escrever neste blog que já tantas saudades me dava...Realmente tenho andado distante mas sempre com a musica e o vinho presentes...torna-se necessário ganhar experiencia para não falar á sorte..
Por essa razão estou de volta com mais algo para dizer, com mais vocabulario das lides do vinho e da musica...Até breve...

Casa Da Alorna colheita seleccionada 2001


Este lote foi feito a partir das castas Castelão, Trincadeira e Tinta Miúda, onde estagiou durante 9 meses em barricas de carvalho americano.Recebeu uma medalha de Bronze no Wine Challenge.


Côr -> Ligeiramente granada, com tons ruby.


Nariz -> Este tal como o seu predecessor apresenta aromas a groselha, fruta madura, chocolate, especiarias, um certo aroma melado. Tem todos os aromas do anterior mas em pequenas quantidades....está ainda verde no aroma, ou provavelmente precisava de despontar na garrafa um pouco mais para se libertar e mostrar o seu potencial.


Boca -> é um pouco enjoativo, deixando um sabor prolongado mas a precisar de mais acidez...taninos pouco explosivos, um pouco calmos demais..este é sem duvida um vinho diferentedos que nos acostumam em Portugal. Um a bela compra ainda assim.


Nota Pessoal -> 16 valores


A colheita seleccionada de 2000 pareceu-me mais agradavel no todo.

Casa Da Alorna colheita seleccionada 2000


A quinta da alorna onde foi produzido este vinho foi adquirida, em 1723, pelo primeiro Marquês de Alorna, Vice-Rei da Índia. Os 200 hectares de vinha plantados em terrenos arenosos e de calhau rolado, incluem as castas brancas Fernão Pires, Chardonnay, Arinto, Trincadeira das Pratas e as tintas Castelão, Cabernet Sauvignon, Baga, Alicante Bouschet, Tinta Miúda, Trincadeira Preta, Tinta Roriz e Touriga Nacional.

Este lote foi feito a partir das castas Castelão, Trincadeira e Tinta Miúda, onde estagiou durante 9 meses em barricas de carvalho americano.

Côr -> Granada.

Nariz -> No nariz é um vinho muito agradavel. Aparecem notas de fruta bastante madura, e este vinho teve tempo suficiente para amadurecer, aparece tambem bela compota de framboesa, mas o sabor que mais nos assalta é a groselha. Belo chocolate, e especiarias, assim como tabaco.

Boca -> É sumarento e explosivo, preenchido bem a boca. É redondo e guloso com taninos já calmos e a decrescer. O final é longo e apetitoso, é um vinho realmente diferente dos que já bebi, o que provou ser uma bela aposta. Esta quinta fascina-me com os seus vinhos e os preços que pratica são excelentes.

Nota Pessoal -> 16/16,5 valores.

Preço -> 6,59 €




Casal da Coelheira Branco 2006


Vinificado com as castas Fernão Pires, Chardonnay e Malvasia.


Côr -> Brilhante, palha.


Nariz -> pouco complexo, a mostrar muito doce, rebuçado. Passados alguns minutos apareceu gordura vegetal mas em pequenissimas quantidades. Notas florais a englobar o conjunto.


Boca -> Um pouco aguado, sem grande corpo e com um final curto.


Nota pessoal -> 15 valores.