Dão Álvaro Castro Branco 2009

Um vinho feito de Malvasia Fina, Cercial e Encruzado, castas tipicas da zona do Dão e em que aqui o blend das castas funciona bastante bem. A fruta é do tipo citrina e com uma elegância brutal. Flor de laranjeira a adocicar o conjunto. Na boca o vinho funciona como que num contraste, sendo de travo amargo, verde ainda, faz lembrar laranjas em que quando as abrimos liberta aquela suco extremamente acido. Excelente mineralidade e frescura, terminando com um final seco e acido.
O vinho ainda pode evoluir bem em garrafa, mas pode ser bebido desde já, no entanto aconselho a abrir a garrafa 15 minutos antes porque vai melhorar a prova sem dúvida. Acompanha pratos de marisco e seria um belo vinho de entrada para uns petiscos:)
Nota pessoal: 16 valores
JP Private Selection Tinto 2009
Um vinho feito de 100% Castelão e com estágio de 12 meses em barricas de carvalho. Oriundo de vinhas da denominação de origem Palmela. Os solos arenosos, o clima temperado quente que caracteriza esta região e as vinhas velhas de alta densidade de plantação constituem as condições ideais para a obtenção das uvas de grande qualidade que utilizamos. Método clássico de vinificação. Apresenta uma cor cheia e vibrante, bastante carregada.Rubi intenso.
Após a abertura surgiram notas florais elegantes, frutos vermelhos e marmelada a surgir em pano de fundo, mas notas bastante elegantes, é um vinho ele todo elegante. Entra sedoso na boca e preenche a boca sem arestas, apresentando uma estrutura média mas com taninos bem presentes.Raspas de laranja, dão a sensação de taninos ainda jovens, ou seja, apesar de não ser um vinho para envelhecer, ainda aguarda mais um tempito em garrafa e de certa forma a curiosidade aumenta para o que vai ser este vinho daqui a 3 anos ou mais. A sensação de couro e vegetal dá uma certa austeridade ao vinho. É um vinho que pede comida leve e boa conversa, sendo os pratos tipicamente mediterranicos aconselháveis, podendo mesmo assim acompanhar outros pratos mais pesados, do tipo caça. Gostei bastante, um vinho na onda do Periquita da JMF, mas mais sedoso e estruturado.
Nota Pessoal: 15,5

Quinta da Garrida Dão TT 2008

Este vinho foi eleito pela revista Americana "Wine Spectator" como o melhor da semana, em termos de relação preço/qualidade. Feito de Touriga Nacional, Tinta Roriz e Jaen, denota uma cor bastante carregada, intensa e escura. Nos aromas torna-se bastante agradável e elegante, mostrando inicialmente bastante fruto preto, chocolate também negro e alguns aromas latico. Café e especiarias iam surgindo á medida que o vinho ia respirando, depois algum fumo e de tosta. O vinho passou por varias fases ao longo da sua abertura e isso impressionou-me para um vinho desta gama. Mas foi na boca que não me impressionou tanto, faltando alguma estrutura. Um vinho é algo delgado e termina com travo amargo e algo enjoativo. Pareceu-me um dão diferente, mais internacional, mas a revelar algum verdadeiro sentido de colagem á região do Dão....existe algo do dão. Talvez aquele aroma de bosque, terroso... Notei uns aromas bastante gulosos e doces....de rebuçado de menta. O final é médio e ligeiramente enjoativo. Mesmo assim é uma bela aposta e se bem acompanhado pela refeição poderá dar outro animo, pelo que penso que acompanhará bem carnes de ave, queijos amanteigados leves, não muito fortes, uma mistura de queijo de cabra e vaca.
Nota Pessoal: 15,5 valores Preço: 3,29€
Prova Régia Premium Arinto 2010
Este já andava atrás dele há algum tempo, gosto do seu irmão mais "barato", menos premium, mas igualmente bem feito. Mas este irmão é mais elegante, mais contido nos aromas, com uma expressividade mais aguçada e elegante. Fruta citrina de bela qualidade, toranja com uma acidez vibrante e crocante mas ainda assim, pronta a consumir e de certa forma madura. Tem um leve resinoso e um algum mel a aparecer por cima destes aromas mais vibrantes a dar um toque de elegancia e harmonia ao conjunto.Belos aromas florais a lembrar flor de laranjeira. Na boca a acidez é vibrante e especiada e de certa forma envolvente na boca, deixando um final prolongado e novamente crocante.Na boca fez-me lembrar a acidez de um loureiro, mas no nariz tem um nicho especial e original. Para quem quiser provar uma casta bastante vibrante e com acidez no ponto este é o arinto perfeito e a parada fica bem alta para os proximos. Perfeito para acompanhar um arroz de marisco, ou um qualquer peixe grelhado desde que não muito gordo.
Preço:3,99€ no El Corte Ingles Nota de prova: 16 valores
Raposeira Espumante Super Reserva Bruto 2005
Cor citrina, com uma bolha cheia de vida no copo, espuma elegante e viva. Aromas ligeiramente fechados inicialmente, demonstrando frutos secos e bolo de noz. Ligeiros aromas velhos de cave a despontar em notas suaves e delicadas(como se o velho pudesse ser delicado), mas a verdade é que fica tão bem...dá uma certa nostalgia ao espumante Na boca é fino com uma bolha picante e crocante. Final prolongado e com acidez q.b. Pelo preço este é um espumante a ter em conta para a época natalícia. Muito bom. Acompanhou na perfeição um bolo de chocolate de amêndoa...Este espumante com um prato de carne, tipo arroz de pato não deve ir nada mal...
Nota de Prova: 16,5 valores
Periquita Tinto 2009
O rotulo deste vinho é intemporal e marcante(oxalá nunca o mudem...apenas sofreu um restyling)e a verdade é que este voltou aos velhos tempos, de excelente qualidade. Notas de compota de morango, algum melaço a dar uma certa elegância a este vinho e mais...a dar uma certa viscosidade ao vinho e isso a notar-se nas paredes do copo onde as lágrimas descrevem uma bela descida(de rapel...bem devagarinho:)), a doçura a marcar este vinho associada a algumas notas de folhas verdes. No final e após a evolução desta doçura, começam a fazer-se surgir algum aroma algo amargo. Na boca revela uns taninos bastante sedosos e afinados que juntamente com a doçura(aqui novamente) e alguma acidez perfazem um vinho bastante harmonioso. Final medio e com ligeiro travo amargo...mas este amargo é bom...Corpo não muito cheio, é mais elegante e delgado...um belo vinho francês... Este vinho é também ele bastante gastronómico, acompanhando também peixes mais gordos....e saladas mediterrânicas. Perfeito vinho para beber e confraternizar com um grupo de amigos..
Nota de Prova: 15,5
Cor rubi com anel em tons violeta, ainda jovem na cor apesar do estágio em barricas. Na primeira meia hora apresentou-se em tons verdes, de arbusto, frutos silvestres e caroço de fruto verde. Na boca taninos ainda verdes e ligeiramente adstrigente, eriçando ainda um bocado a superfície da língua. Após a primeira meia hora, surgem aromas mais maduros, frutos negros, tipo amora e florais "rosas". Surge a compota de amora e por cima destes aromas de fruto e floral surge em maior escala o cacau a animar o conjunto. A madeira também aparece em tons tímidos
com o intuito apenas de amaciar os taninos e tornar o vinho elegante. Chegando a 1 hora após a abertura da garrafa surge ainda aromas resinosos e de tabaco a sobrepor os aromas anteriormente descritos. Fantástica a complexidade do vinho, durante 1 hora o vinho foi-se transformando e parecia que no final provei 3 vinhos diferentes, isto demonstra a estrutura e complexidade de um vinho. Verde, depois maduro e finalmente aromas fumados. Muito bem.... Na boca o vinho é sedoso, taninos redondos, e final elegante e sumarento. Bela acidez a dar elegância e frescura ao vinho.... Este touriga não é como os do Alentejo, este não é robusto e cheio, é mais fino e com uma estrutura menos robusta e bastante mineral. Penso que ainda aguenta mais um tempito em garrafa mas está pronto a beber já se assim quiserem. Porta dos Cavaleiros Reserva Touriga Nacional 2008 (Tinto) Caves São João Castas: Touriga Nacional Álcool: 13% Preço: 5,90€ (Pingo Doce) Nota pessoal: 16,5 valores

Prova de Vinhos Niepoort


O quê: Prova de Vinhos Niepoort
Onde: Wine o'clock

Vinhos provados:
Brancos:
Dialogo é uma novidade desta casa sendo a 1ª vez que o lançam no mercado, o tinto já existe;
Tiara
Redoma
Redoma Reserva, curiosamente este vinho é feito exactamente igual ao redoma sem ser reserva, apenas é escolhido o melhor vinho de uma determinada barrica após as provas feitas pelo enólogo. Acho que neste momento o melhor a beber já é o Redoma , já o Reserva tenho a certeza que vai melhorar com o tempo.


Tintos:
Dialogo
Redoma
Charme
Vertente, simplesmente adorei este vinho é de uma frescura enorme e bastante terroso, mineral, acidez q.b. e muito arbusto.
Batuta
Robustus

Rosé:
Dialogo, não me vou pronunciar muito com este vinho porque tal como disse o enólogo Luís Seabra ou se gosta ou se detesta, obrigado Sr. Seabra eu vou então pela 2ª hipótese, peço desculpa:)

Portos:
Niepoort LBV 2007, adorei este vinho bastante fruta preta, notas de chocolate e bastante apimentado com uma doçura muito elegante a segurar o conjunto, com um bela acidez, ou seja, acidez e doçura ingredientes perfeitos para um vinho envelhecer e abrir daqui a uns anos sem o problema de perder qualidade.

Niepoort BIOMA 2008 Vinha Velha

Niepoort Vintage 2009, claramente um vintage de topo, muito bem conseguido e é um vintage que se bebe já sem problemas ou podemos esperar mais uns anos.
O vintage hoje em dia no meu entender não parece feito tanto para envelhecer mas mais para beber já.

Não me quis alongar muito na analise e descrição dos vinhos da Niepoort até porque alguns mereciam esperar um tempito para se mostrar no copo, visto que os aromas estavam bastante fechados, mas uma coisa se retirou da prova, é que sao vinhos de uma frescura enorme e de uma mineralidade surpreendente, associada a acidez com aromas tipicamente verdes, de arbustos, isto conseguido com o desengace mais prolongado e segundo percebi mesmo durante a pisa feita a pé o engaço mantêm-se parcialmente, aparentemente uma técnica que a Niepoort gosta de colocar nos seus vinhos, ao contrario de muitos enólogos do Douro.
A Niepoort também optou por não fazer agitar as borras que ficam no fundo da barrica, no chamado processo de battonage, ou seja, apenas decidiram mantê-las no fundo, não querendo com isto criar vinhos muito gordos e estruturados, mas antes um perfil mais fino e elegante, mineral.

Saes Tinto 2009



Elaborado a partir das castas tradicionais da região, Tinta Roriz, Jaen, Alfrocheiro e Touriga Nacional.
Este é um vinho marcadamente do Dão, nota-se nas notas elegantes de chocolate, amora, sulfuroso, com uma belo toque resinoso a envolver o conjunto e a deixar maravilhado o nariz de quem o cheira. Tem ligeiro aroma a frutos secos do tipo passas, tostado....e mais uma vez chocolate, este foi aroma que mais sobressaiu juntamente com o sulfuroso.
Quando falo sulfuroso, digo enxofre, mas isto não é necessariamente mau, porque não existe em quantidades que possam provocar algum tipo de problemas de mau estar.
Na boca é guloso, apesar dos taninos serem pouco explosivos...mais regrados mas é excelente na mesma, com um bom final, deixando a boca com um ligeiro adocicado.
Falta um pouco de tanino e acidez.

Posso afirmar pessoalmente, que este é o vinho com melhor relação preço/qualidade do mercado. É um um belo Dão e por 2,99 é uma verdadeira pechincha...adoro e gosto sempre que posso, de voltar a ele porque nunca me deixa ficar mal de colheita para colheita.
Acompanha na minha percepção muito bem massas, risotto, comidas menos fortes, visto que também não tem corpo para aguentar molhos fortes. Apostava também numa sobremesa baseada em queijos de pasta mole mas não demasiado fortes.
Já agora outro belo acompanhamento, seria um jazz com Charlie Haden Quartet West, e recomendo a First Song.


Nota Pessoal:16 valores ,e atenção que não dou 16 por causa da relação preço qualidade, dou 16 porque tem qualidade.

Essência do Vinho 2011


O panorama vinícola nacional está em alta e a comprovar estão os números oficiais da essência do vinho 2011. È provavelmente o maior evento de vinhos nacional e com maior projecção internacional.
Como amante de vinhos devo dizer que estavam lá quase todos os grandes produtores nacionais, e realço este ano a introdução de uma casa com produção essencialmente ou na totalidade de vinhos verdes, inclusive o vinho verde Afros, vinho que saltou nas bocas do mundo quando integrou a lista de vinhos para este verão pela conceituadissima Jancis Robinson.
Tenho tendência a achar que a abertura dos produtores/comerciais nestes eventos deveria ser mais aberta ao publico que tem imensas perguntas a fazer(sejam elas mas ou boas, eles estão lá para nos elucidar e vender um produto), e o que se passa é que eles parecem muito pouco dispostos a discutir o que quer que seja com os que por lá andam a não ser que seja uma conversa com outros da mesma área.
Saltando esta parte gostaria de ressalvar a simplicidade e humildade na apresentação dos vinhos de uma casa que recebeu inúmeros prémios com os seus vinhos verdes inclusive o prémio mencionado atrás por Jancis Robinson, a casa Afros-Wine.
Adorei o espumante feito apartir de vinho verde tinto da casta Vinhão, absolutamente maravilhoso, perfeito para acompanhar uma refeição em pleno verão.
O rei da festa no que toca a vinhos foi sem duvida o o Quinta de Vale Meão 2008, memorável, já um clássico nacional e internacional. O touriga nacional da quinta do Vallado também é qualquer coisa de extraordinário.
No sabado estavam demasiadas pessoas no palacio tornando quase impossivel aceder aos stands das quintas que se encontravam no piso superior, dificultando as provas a quem lá estava como eu.
Apesar de tudo foi um evento muito bem organizado, com tudo, até a Nespresso lá se encontrava para oferecer uns bons cafés, e havia também garrafas de agua com gás para quem se sentisse mais mal-disposto, naturalmente tanto vinho disponível(quase grátis) pode levar a isso.

Até 2012!

Duque de Viseu 2008


Hoje venho-vos falar de um vinho que já tem provas dadas no universo vinico portugues.

Vem de uma das melhores produtoras de vinhos nacionais, Sogrape, e de uma das regiões vinicolas mais atraentes no nosso país, Dão.
Castas: Touriga Nacional e Tinta Roriz

É um vinho feita apartir de 2 das castas mais nobres do país.

Cor: Vermelha rubi

Aromas: Revela-se com aromas tipicos das castas referidas acima, morangos e framboesas, englobando por um aroma floral bastante agradável, cheira a primavera e com a primavera á porta este vinho torna-se convidativo. È um vinho bastante elegante tanto nos aromas como na boca, revelando-se bem complexo e com taninos maduros, ou seja, por esta descrição este vinho encontra-se perfeito para beber já.

Boca: Revela-se com uma bela entrada, elegante e de taninos suaves, cheio e estruturado, revelando um final bastante agradavel.

Este vinho é muito bem feito e acompanha na perfeição qualquer prato, é bastante gastronómico, eu posso aconselhar inclusive um prato italiano a acompanhar, tipo pizza.

Nota: 16 valores.
Onde pode encontrar: Em qualquer prateleira de supermercado, por exemplo Pingo Doce por cerca de 3,99€.

Quinta da Alorna Reserva Tinto 2008


Cumprimentos a todos!!!Espero que o ano esteja dentro do possível e tendo em conta a situação, a iniciar bem e sempre com apetite voraz para as noticias enofilas.

Bem este fim de semana tive uma bela companhia ao almoço, a visita de um grande amigo, e claro o almoço correu bem e deu para desligar um pouco dos problemas normais e do facto de estar longe da familia, foi como se um pequeno almoço familiar:)

O vinho que vos falo vem de uma quinta do qual eu admiro bastante e considero um excelente projecto encabeçado por um dos grandes enologos que este país tem...nada mais nada menos do Nuno Cancela de Abreu(mas que a esta data ja abandonou a Quinta da Alorna para encabeçar um projecto no Dão).
O Quinta da Alorna Reserva Tinto 2008, é um vinho complexo pelo tempo que passou na barrica, daí neste almoço ter errado um bocadito ao não colocar o mesmo num decanter, porque merece sem duvida. Os aromas estavam bastante fechados, o sabor a madeira fechava o conjunto sem que me apercebesse de outros aromas a nao ser de frutos vermelhos intensos.
Na boca é saiu bastante fechado tambem e carregado com aroma de madeira, mas era suave e carregado nos taninos, cheio e volumoso. O final era curto.

Por vezes nos tambem erramos na maneira como tratamos o vinho antes de um almoço, porque tal como o enologo e o viticultor têm cuidados especiais com os seus vinhos e uvas, nos consumidores tambem devemos ter esse cuidado porque de outra forma os vinhos podem parecer-nos apenas razoaveis.
Neste momento nao vou atribuir nota, hei-de comprar uma nova garrafa e dar-lhe o cuidado que merece.
Em todo o caso este vinho neste momento encontra-se a menos de 5€ no Pingo Doce, na sua feira de vinhos.

Tons de Duorum 2009


Antes de iniciar este texto a falar sobre o vinho que vos trago hoje, vou-vos falar do projecto e da/s pessoa/s por tras do mesmo.
Com quase três décadas como enólogo, José Maria Soares Franco, com perto de 50 anos, estagiou na Estação Vitivinícola Nacional – tendo como companheiro, curiosamente, João Portugal Ramos, que conhecia por razões familiares desde pequeno. Ingressou depois na Ferreirinha, tendo passado a fazer parte dos quadros da Sogrape quando este grupo adquiriu aquela empresa em 1987. E foi na Sogrape que ‘se fez’ como um dos enólogos mais importantes do sector dos vinhos – e não apenas do nacional. A responsabilidade de lançar no mercado a poderosa marca Barca Velha, considerado por muitos o melhor vinho do país, conferiu-lhe a aura que se guarda para os alquimistas. É destes 2 enologos que surge este novo projecto e mais especificamente deste Douro "Tons de Duorum".

A garrafa está bonita, apelativa, porque no final de contas o rotulo deve transmitir uma mensagem sobre o vinho,historia da terra,deve apelar á imaginação das pessoas.
Este vinho tem uma bela cor, vermelho rubi intenso, e nas paredes do copo desliza com elegancia, nao muito normal num vinho novo, mas que tem uma pequena passagem por barricas de carvalho.

No nariz tem aromas intensos, fruta madura do tipo framboesa,amora envolto numa suavidade vegetal que nos faz lembrar os aromas quando entramos numa adega, ligeira madeira e englobar o conjunto sem se mostrar demasiado, tipicamente este é um vinho que apela no nariz a aromas mais rusticos e vinhos mais tradicionais mas na boca apela muito ao estilo moderno, vinhos explosivos e frescos na boca.
Este vinho na boca é muito saboroso, e carregado de taninos em boa forma.

Final elegante e duradouro, que fica na boca passado algum tempo ainda e deixa-nos com a ideia que ainda o temos na boca, sumarento.

Pessoalmente gosto deste genero de vinhos, carregados nos aromas e intensos e com final sumarento, apela a pratos fortes e a um belo queijo da serra.Penso que acompanha excelentemente um queijo amanteigado, perfeita combinação.

Sugestoes:
Queijo da serra amanteigado num final de tarde com um grupo de amigos a ouvir o artista Ray Lamontagne e a dar 2 de treta.
Quanto ao artista Ray LaMontagne sugiro a musica Jolene.

Nota Pessoal: 16

Blandy's verdelho 5 anos



Os Blandys são notáveis sendo a única família de todas as fundadoras originais do negócio do vinho Madeira que continuam a ser proprietários e gestores da empresa de vinho original; 2 séculos de produção de vinho de alta qualidade. A família tem tido um papel principal no desenvolvimento do vinho Madeira perdurando durante uma longa história os membros da família continuam a viver na ilha, mantendo uma tradição que remonta a 1811. Michael e Chris são a 6ª e 7ª geração a trabalhar no negócio.

Nos anos de 1980, os Blandys abordaram os Symingtons que trouxeram uma extensa rede de distribuição global e uma método abrangente de qualidade para alem de uma experiência de vinificação valiosa conquistada através de longos anos como protagonistas na industria do vinho do Porto.("excerto tirado do site http://www.blandy.com/pt/empresas/blandysmadeira.html").

Quanto ao vinho em si, um verdelho com 5 anos em casco de carvalho americano segundo o processo tradicional de ‘Canteiro’.Isto inclui um delicado aquecimento do vinho no sotão dos armazéns no Funchal. Ao longo dos anos o vinho vai sendo transferido dos pisos superiores aos pisos intermédios, e eventualmente para o piso ao nível do chão onde é mais fresco. Após esta ‘estufagem gradual’ o vinho é filtrado e clarificado, sendo depois engarrafado.
A sua cor é muito semelhante á de um moscatel com a mesma idade, dourado reluzente.
Na nariz é um vinho com boas notas ligeiramente caramelizadas, mel, frutos secos, englobados por uma ligeira brisa tropical.
Na boca tem boa acidez, com toque de citrinos e ligeiro mel como que a segurar a explosão de aromas, retendo-os sem que se tornem demasiado expressivos.
Tem final longo, com boa estrutura, boa acidez.
Saliente que claramente este vinho ganha bastante se tiver a uma temperatura de 12%, porque de outro modo torna-se demasiado alcoolico, como aguardente.

Nota de prova: 15,5.

Conde de Palma Reserva 2006



Olá a todos enófilos deste mundo!

Bem hoje trago-vos um vinho de uma herdade com cartas dadas e com qual os vinhos me identifico.Boas estruturas, carregados de aromas e taninos bem polidos com muito sumo e finais excelentes, sumarentos.
Mas falando mais exactamente do vinho que vos trago eis a minha nota de Prova.

Os primeiros aromas são timidos, fechados, que depois se transformam em tudo verde, milho verde, cana verde, muito verde, com ligeiras notas amentoladas, mas sem madeira a englobar e amaciar o conjunto, penso que a este vinho faz falta madeira, notas tostadas. Este vinho nao deverá claramente ser bebido enquanto jovem, pode aguardar uns anitos, mas sem certeza de que isso possa ajudar, eu gosto de pensar que sim. Na boca os taninos tao pouco limados ainda, nao demasiado agressivos, mas ainda explosivos, verdes.
Final é bom e de certa forma elegante, com notas sumarentas.

Nota de Prova: 15,5

Moscatel do Douro Favaios Colheita 1989



A história de Favaios perde-se no tempo. O seu nome provém de "Flávius", antiga povoação romana, que pertencia à terra de Panoías. E o seu desenvolvimento acompanhou as Dinastias.
É nessa Vila desde 1952, na Região Demarcada do Douro, que a Adega Cooperativa de Favaios se tornou uma das maiores e mais reconhecidas do país em particular pela qualidade inconfundível do seu Aperitivo e Moscatel de Favaios.
Numa visita a esta adega o ano passado, num passeio familiar, vindos de Braga tinhamos uma passagem programada na adega e foi lá que adquiri este Favaios Colheita 1989.
A sua cor faz lembrar a de um tawny envelhecido, com ligeira cor âmbar fruto do seu estágio em tonéis de castanho e barricas de carvalho.
Tem aromas untuosos, de resina, e frutos secos com toques de citrinos. Nas paredes do copo denota-se um bom corpo e densidade. Na boca tem boa acidez es.e o seu sabor prolonga-se.
É um belo moscatel de entrada para quem nao conhece os seus sabores.
Na adega este moscatel custou apenas 10€ pelo que foi uma boa compra.

Nota Pessoal: 16 valores
Castas: 100% Moscatel Galego

Quinta do Infantado Reserva Dona Margarida


Olá a todos!!!
Apareço hoje(passado já algum tempo) com este vinho do Porto que custa nada mais nada menos do que 10€(ou menos)....pode encontrar no Jumbo e garrafeiras.
è a 2ª vez que provo este vinho e tal como a 1ª vez este vinho deixou-me surpreendido...nao..bastante surpreendido. Este vinho é a entrada perfeita para quem quer surpreender amigos, ou entrar no mundo dos vinhos.
Tem uma bela cor, tijolo sem o anel, ou seja, quando vira o copo na diagonal, nao mostra qualquer anel, a cor é igual por ele todo, parece um vinho ja com 10 anos em barrica.
Tem fruta seca, figos daqueles tipo pingo de mel..conhecem?Delicioso!!!e nao sendo demasiado doce, tem passas de frutos, tem laivos de seiva,cola...isso mesmo cola(de colar nao coca cola:))mas nao é necessariamente ma, neste caso é perfeito e normal nestes vinhos com aromas de figo e laivos de seiva.Tem excelente fruto, maduro, no ponto,envolto num pequeno tostado.Tem uma boa acidez e é extremamente suave na boca, boa acidez e um final prolongado.Deixa-nos a mastigar em seco.

Adorei este vinho e provavelmente tem das melhores relações preço/qualidade, como já nos habituou a quinta do infantado.

Se quiserem comprar um vinho pro natal, e nao querem gastar muito(maldita crise) entao este vinho é perfeito.

Nota pessoal: 16,5
Acompanha muito bem chocolate de avelas,noz, e mesmo um queijinho de cabra curado, mas nao demasiado intenso, visto que este vinho tambem nao tem taninos agrassivos, antes suaves.

Boas compras...

Um pouco mais mas esperemos não só do mesmo

Ora viva!!!
Este blog tanto termina como volta a surgir...a verdade é que ando um pouco aliado das lides do vinho:)bebo na mesma as minhas garrafinhas mas não com a mesma peridiocidade e acabo por não ter as condições ideais para armazenar as mesmas, pelo que posso induzir em erro as minhas avaliações.
Mas a verdade é que não queria terminar este cantinho para escrever os meus desabafos e acima de tudo puder aprender mais um bocado. penso que desta vez vou apostar um pouco mais em musica e divulgar tipos de musica e bandas que se destacam nesse estilo. Visto que existem blogs e sites que divulgam quais os melhores vinhos para acompanhar certos pratos...mas e porque não ter a musica ideal a acompanhar a bebida ideal:) parece-me uma excelente ideia...vou tentar prometo!!!!!Bem seja bem-vindo a mais um ressurgimento!!!

Chaminé tinto 2007

O vinho que vos falo a seguir vem-nos de um produtor bastante reputado no panorama vitivinicola, Cortes de Cima. A Cortes de Cima é uma propriedade familiar de 35 hectares de vinha, localizada na Vidigueira no Alentejo. O seu símbolo, uma talha, representa uma homenagem aos romanos que usavam a talha para fermentação e armazenagem do vinho, um costume ainda hoje mantido. Os olivais antigos, compartilham o terreno com limoeiros, vinhas e ruínas romanas. Aqui César impôs a sua Pax Júlia. Aqui Vasco da Gama foi elevado a Conde em 1519 ao regressar das suas viagens de Descobertas.


O Chaminé 2007 tem uma belissima cor rubi carregada, revela aromas a cereja, ameixa,frutos silvestres e especiarias, assim como caroço verde, aina parece aguentar um pouco mais em garrafa. Médio de corpo. No paladar, sente-se alguma doçura, do tipo cacau, assim como um leve apimentado a dar uma frescura intensa ao conjunto. Os taninos presentes fornecem ao vinho um equilíbrio e uma bela estrutura. Este vinho tem uma fruta exótica, pouco normal num vinho portugues...Não o beba á temperatura normal, de cerca de 17 graus, este precisa de estar mais fresco cerca de 13,14 graus..se nao torna-se muitopesado e alcoolico...

Nota pessoal -> 15,5/16 valores

Preço -> 6 €

Conde D' Ervideira reserva branco 2004


Bem, mais um vinho alentejano do mesmo ano que o anterior, mas desta feita branco, e que belo branco.

Este Conde D'Ervideira tem arrecadado alguns prémios, e ao provar este branco percebe-se porquê. Mas que belo branco para o preço praticado, no meu caso comprei-o pela revista dos vinhos, mas o seu preço deve rondar os 8 euros.

Tem excelentes notas de frutos tropicais, mas que fruta elegante e pronta a comer,"beber" neste caso. A embalar esta fruta está uma bela baunilha, cremosa e sedosa, a fazer lembrar uns acordes misteriosos e complexos dos King Crimson, espero que conheçam este grupo musical, se nao aproventem para beber esta garrafa ao som da Matte Kudasai do album Discipline deste grupo. Parece uma brisa de felicidade que nos atinge, tanto a musica como o vinho, tal é o saber imposto pelos dois nas suas obras.Voltando ao vinho, apresenta umas tostas com uma manteiga cremosa e deliciosa, assim como um queijinho da serra. Passado uns minutos aparece um belisimo vegetal quase que a pedir licença para entrar. Praticamente não existem notas soltas neste reserva, está muito bem feito.
O seu final é interminavel e guloso, cheio de suavidade e cremosidade, até faz com que a saliva nos salte á boca quando acabamos de o beber. Taninos excelentes.

Está no ponto para ser bebido, não ganha mais com a espera.
Nota pessoal -> 16,5 valores

Alabastro Reserva 2004


Este Reserva tinto de 2004, esse ano quente e emorável para nós portugueses, sim memoravel porque nao interessou no fim termos perdido perante a Grécia, mas sim o ambiente que rodeou este campeonato.

Quanto aos vinhos tambem saíam quentes e cheios de alcool, como este que vos falo a seguir.

Tem uma cor rubi, com a espuma a cair no copo com uma cor carregada. Apresenta aromas maduros, de ameixa e cereja, assim como framboesa. Tem uma boa baunilha a amaciar e envolver o conjunto dos aromas, fruto do estágio em barrica de carvalho. Na boca é sedoso e volumoso com taninos poderosos, este não enganava ninguém, é um puro Alentejano, cheio de raça. É ligeiramente apimentado e apresenta notas de chocolate e menta. Só apresenta uma nota solta, o excesso de alcool que apresenta. Devido á maturação evidente das uvas fruto do verão quente, tornu-se provavelmente um vinho forte, a necessitar de um belo naco de carne a acompanhar. Tem um final persistente e apimentado.
Este vinho provém de uma das mehores casas de portugal a fazer vinho, as Caves Aliança.
Nota Pessoal -> 16 valores

Preço -> cerca de 6 euros no intermarché.

Lisa 2006 Branco


O vinho que vos falo hoje provem de uma quinta lá para a belissima zona de terras do Sado, de umas vinhas situadas nas encostas da Serra da Arrabida. A quinta é de Catralvos de onde tem surgido vinhos que têm arrecadado alguns prémios, tanto em portugal como no estrangeiro .


Castas -> 100% Moscatel.

Vinificação -> Maceração pelicular seguida de fermentação a baixa temperatura.


Este vinho surge-nos om uma cor palha-dourado, boa limpidez. Depois de mexer o copo, num movimento que todos os enófilos conhecem, coeção por nos surgir aromas tropicais e florais bastante elegantes, assim um certo adocicado, talvez rebuçado. Mais tarde, já talvez no 2º ou 3ºcopo, começa por surgir aromas vegetais, a fazer lembrar tambem umas papas de sarrabulho, a ficar cada vez mais intenso.

Já na boca este vinho não é tao apetecivel, tendo perdido os pontos nessa area. Tem falta de acidez, é suave e elegante mas perde por nao oferecer vivacidade..O final é adocicado.Fácil de agradar para quem não está habituado a beber diariamente.

Nota Pessoal -> 14,5
Preço -> 2,39 no continente

P,S: Acompanha bem umas massas ou saladas, agora que chega o verão.

Quinta do Castelinho LBV 1996

Breve História da Castelinho Vinhos, S.A:

-> A criação do Entreposto do Douro em 1986, veio possibilitar o envelhecimento e exportação directa a partir da Região Demarcada do Douro, até então só possível através do Entreposto de Vila Nova de Gaia e a Castelinho passou a apostar na criação de marcas próprias. Alguns anos mais tarde torna-se num dos primeiros produtores a exportar directamente Vinho do Porto a partir da Região Demarcada do Douro e alcança um lugar de destaque na produção e comercialização de Vinho do Porto. Com a criação da Castelinho Vinhos, S.A. em 1990, iniciou-se uma verdadeira lógica empresarial de produção e comercialização de vinhos da Região Demarcada do Douro.


O Vinho que vos fao a seguir e provêm desta quinta, é o LBV 1996 engarrafado em 2001, e que obteve varias medalhas incusive a medalha de prata no:
Mundus Vini 2002 - Alemanha;
Concours International de Bruxelles - 2001;

Castas: Touriga Nacional, Tinta Barroca, Tinta Roriz, Touriga Franca.

Côr -> tijolo, bastante escuro, retinto.


Nariz -> Importa salientar que deve quase que obrigatoriamente decantar este vinho, senão abra a garrafa 1 hora antes e coloque no copo 5 minutos a respirar...vai ganhar muito om isso.


Este vinho realmente é uma bela compra para o preço. Tem figos, morango, cerejas, chocolate e aromas florais, tudo em perfeita harmonia, depois surge notas de tabaco e madeira muito elegante a afinar o conjunto..Passado um pouco surge o aroma melado, como eu gosto de um porto com aromas melados...acompanha muito bem chocolate...
Boca -> è elegante e fino, taninos vivos mas bem domesticados, é guloso e volumoso e deixa um final muito agradavel e persistente.Harmonioso.Passado uns bons minutos o sabor ainda lá estava. Excelente acidez e está picante..muito bom.

Nota Pessoal -> 16,5
Preço -> 10€ no continente

Quinta da Alorna Branco 2007

Saudações a todos os enófilos.....

Hoje venho vos falar de um branco de uma casa que muito me fascina com os seus vinhos, elegantes, de topo e classe!!!

O quinta da alorna branco 2007 está aí nas prateleiras dos hipermercados, e que bem que ele está . Aproveitem para comprar uma garrafita, porque o preço tambem é convidativo...não excede os 3 euros.

Castas -> Arinto e Fernão Pires.

Vinificação -> As uvas de vindima manual são prensadas e o mosto defecado fermenta em cubas a 15ºC. Após o lote final, o vinho foi estabilizado pelo frio e clarificado antes do engarrafamento.

Apresenta uma côr brilhante, verde-agua. Os aromas vão desde os citrinos, á elegancia de frutos tropicais como a manga, ananas, ligeiro aroma vegetal a embrulhar o conjunto, palha seca a esconder-se por detrás dos vários aromas, denota-se uma elegancia fora do normal num vinho desta categoria...Na boca é cheio de vida, acidez muito boa, e um belo amanteigado a amaciar o conjunto e a deixar um belo final, guloso, preenche a boca com suavidade, sedoso e com volume...


É um belo vinho para acompanhar as massas e saladas frescas de verão...

Nota Pessoal -> 15 valores

Quinta do Portal reserva 2004


A Revista de Vinhos, após um ano inteiro a analisar e avaliar as várias empresas do sector vitivinícola, atribuiu o prémio de EMPRESA DO ANO 2007 à SOCIEDADE QUINTA DO PORTAL. É de lá que nos surge este reserva 2004.

Côr -> É sem duvida uma excelente aposta, este vinho é carregadissimo na cor, a denotar um ligeiro acastanhado, fruto do estagio em barrica...

Nariz -> Aparecem notas de framboesa, compota...marmelada...aromas pronunciados de frutos vermelhos finos e elegantes..Quimico floral a englobar o conjunto sem exageros...no sitio certo..

Boca -> na boca é cheio, volumoso...sedoso, e com taninos em excelente forma..este vinho ainda pode ganhar com a espera, mas neste momento está numa excelente forma..para acompanhar pratos gulosos, coelho selvagem, pato..tem um final muito elegante..marcado por ligeira adstrigência. Final ainda não é suficientemente elegante, precisa de uma certa acalmia..está um pouco irreverente, verde..

Nota Pessoal: 16 valores

Quinta de Cidrô rosé 2006

Fontes históricas relatam-nos que as primeiras vinhas plantadas na Quinta do Cidrô datam do início do Séc. XIX, altura em que, o estão proprietário, o Marquês de Soveral, mandou construir um imponente palácio.
Localizada na melhor área para a produção de vinhos de mesa no Douro, nomeadamente São João da Pesqueira, a Quinta do Cidrô foi transformada numa vinha modelo.As mais modernas técnicas de viticultura foram utilizadas para plantar apenas as melhores castas.
Este Rosé é produzido apartir de sangras efectuadas a cubas de Touriga Nacional do Cidrô. Quinta esta que pelas características ecológicas de S. João da Pesqueira, onde está localizada, há muito que estabeleceu credenciais no domínio dos vinhos Tintos.

Castas -> Touriga Nacional 100%
Côr -> rosa forte, carregado. Bela limpidez.

Nariz -> Aromas um pouc timidos, elegantes e muito suaves não havendo aqui exageros, mas se tivesse um pouco mais desses aromas não faria mal nenhum...Sugestões de morango,cereja e ameixa, enrolados em toques de rebuçado, com uma capa de aromas vegetais finos.

Boca -> è elegante e concentrado... e tem uma bela acidez....preenche a boca com os seus taninos aguerridos...e deixa um final picante e pujante....agradavel...a pedir comida não muito leve...acompanha bem carnes...talvez coelho...

Nota Pessoal -> 15 valores
Grau de Alcool -> 13,5%

Ninfa Tinto 2004

Vinho regional ribatejano feito de vinhas localizadas na encosta da Serra dos Candeeiros com a exposição a nascente.
A vindima foi feita em Setembro de 2004, manual para caixas de 15 Kg.
As uvas obtiveram arrefecimento, e a sua fermentação foi feita em lagar de inox a uma temperatura de 26ºC, após desengace total.

Côr -> Bonita cor meia acastanhada, a sugerir estágio em barricas mas o mesmo não é descrito na garrafa, com ligeirissimo centro opaco, quase nulo. Visto ser um vinho com quase 4 anos pode ter obtido a cor com o tempo em garrafa.
Nariz -> Frutos silvestres, subitamente aparecendo aromas humidos mais usuais nos lagars antigos. Tem caroço verde, sugerindo ser de manga, bastante forte. Aparecem aromas de geleia de framboesa.
Boca -> Bastante suave e guloso, com taninos um pouco adormecidos, é um vinho aveludado mas com falta de acidez, mesmo assim a proporcionar um final prolongado e guloso.Talvez o seu consumo nos 2 anos seguintes á sua vinificação proporcionassem um vinho de maior qualidade.

Nota Pessoal -> 15,5 valores
Preço -> 3,59 €

Ressuscitar para a enofilia

Bem meus amigos enofilos e audiofilos, estou de volta, espero eu para tentar voltar a escrever neste blog que já tantas saudades me dava...Realmente tenho andado distante mas sempre com a musica e o vinho presentes...torna-se necessário ganhar experiencia para não falar á sorte..
Por essa razão estou de volta com mais algo para dizer, com mais vocabulario das lides do vinho e da musica...Até breve...

Casa Da Alorna colheita seleccionada 2001


Este lote foi feito a partir das castas Castelão, Trincadeira e Tinta Miúda, onde estagiou durante 9 meses em barricas de carvalho americano.Recebeu uma medalha de Bronze no Wine Challenge.


Côr -> Ligeiramente granada, com tons ruby.


Nariz -> Este tal como o seu predecessor apresenta aromas a groselha, fruta madura, chocolate, especiarias, um certo aroma melado. Tem todos os aromas do anterior mas em pequenas quantidades....está ainda verde no aroma, ou provavelmente precisava de despontar na garrafa um pouco mais para se libertar e mostrar o seu potencial.


Boca -> é um pouco enjoativo, deixando um sabor prolongado mas a precisar de mais acidez...taninos pouco explosivos, um pouco calmos demais..este é sem duvida um vinho diferentedos que nos acostumam em Portugal. Um a bela compra ainda assim.


Nota Pessoal -> 16 valores


A colheita seleccionada de 2000 pareceu-me mais agradavel no todo.

Casa Da Alorna colheita seleccionada 2000


A quinta da alorna onde foi produzido este vinho foi adquirida, em 1723, pelo primeiro Marquês de Alorna, Vice-Rei da Índia. Os 200 hectares de vinha plantados em terrenos arenosos e de calhau rolado, incluem as castas brancas Fernão Pires, Chardonnay, Arinto, Trincadeira das Pratas e as tintas Castelão, Cabernet Sauvignon, Baga, Alicante Bouschet, Tinta Miúda, Trincadeira Preta, Tinta Roriz e Touriga Nacional.

Este lote foi feito a partir das castas Castelão, Trincadeira e Tinta Miúda, onde estagiou durante 9 meses em barricas de carvalho americano.

Côr -> Granada.

Nariz -> No nariz é um vinho muito agradavel. Aparecem notas de fruta bastante madura, e este vinho teve tempo suficiente para amadurecer, aparece tambem bela compota de framboesa, mas o sabor que mais nos assalta é a groselha. Belo chocolate, e especiarias, assim como tabaco.

Boca -> É sumarento e explosivo, preenchido bem a boca. É redondo e guloso com taninos já calmos e a decrescer. O final é longo e apetitoso, é um vinho realmente diferente dos que já bebi, o que provou ser uma bela aposta. Esta quinta fascina-me com os seus vinhos e os preços que pratica são excelentes.

Nota Pessoal -> 16/16,5 valores.

Preço -> 6,59 €




Casal da Coelheira Branco 2006


Vinificado com as castas Fernão Pires, Chardonnay e Malvasia.


Côr -> Brilhante, palha.


Nariz -> pouco complexo, a mostrar muito doce, rebuçado. Passados alguns minutos apareceu gordura vegetal mas em pequenissimas quantidades. Notas florais a englobar o conjunto.


Boca -> Um pouco aguado, sem grande corpo e com um final curto.


Nota pessoal -> 15 valores.

Conventual reserva 2004


Este vinho foi vinificado com as castas Aragonez e Alicante Bouschet e obteve um estágio de 8 meses em barricas de carvalho francês, resultando em 14% de alcool.


Côr -> Rubi com ligeiro anel acastanhado devido ao estágio.


Nariz -> É um vinho em evolução, com nuances de cereja, ameixa, fruta silvestre e compota de framboesa. Aparecem notas de eucalipto, especiarias e café, acompanhadas de ligeiro cacau em pequenas proporções.


Boca -> É um vinho guloso, especiado e sumarento. Com uma bela estrutura e taninos explosivos. É redondo e aveludado.Final igualmente sumarento e cheio de especiarias e prolongado.


Nota Pessoal ->16 valores


Vinho Tinto Singularis 2004

Paulo Laureano, um dos mais prestigiados enólogos portugueses e um acérrimo defensor das castas autóctones nacionais, lança este Singularis 2004, um porjecto que ele abraçou após ter fundado a sua própria empresa, a Paulo Laureano Vinus, Lda.

Côr -> Rubi, bastante intensa e limpido.

Nariz -> As castas são a Trincadeira e o Aragonês. Mostra-se com boa compota de framboesa, especiarias, de notar um bom pimentão a atacar o nariz e boas notas florais. Ressaltam umas boas tostas a abraçar estes aromas que falamos anteriormente.Boas notas herbáceas originárias da casta Trincadeira, que é umas das castas mais plantadas no Alentejo, porque é susceptivel a tempos muito quentes e á podridão.

Boca -> Uma bela acidez, com taninos ainda jovens, a precisar de maturação, mas com um final sumarento e com as especiarias a aparecerem mais uma vez. Se me permitem dizer acho que este vinho só tem a ganhar com a guarda neste momento, ainda está jovemm mas ainda assim a proporcionar uma bela prova. Acompanha pratos um pouco leves.

Nota Pessoal -> 16 valores

Porto Valadão Tawny 10 anos

Produzido a partir das melhores castas do Vale do Alto Douro, este Porto estagiou em pipas de carvalho durante 10 anos, conferindo-lhe este estágio o caracteristico sabor amaciado e o tom âmbar translucido.

Côr -> Ambar, tipo cor de tijolo, ligeiramente avermelhado.

Nariz -> Na primeira abertura os aromas apareceram tímidos, diospiro, pessego, um certo melado a amaciar o conjunto. Boas notas florais, e casca de laranja a aparecer por trás destes aromas após uma certa concentração.

Boca -> Delicado, um pouco aguado, taninos calmissimos a proporcionar pouca estrutura ao conjunto, acabando com uma acidez adormecida e um final extremamente curto, uma verdadeira decepção, mas ainda não acabei...
Mas nas aberturas seguintes este vinho mudou completamente, o oxigénio fez maravilhas a este vinho, nunca antes tinha provado um vinho em que o ar tenha modificado completamente o seu paladar, isto porque no geral acontece o contrário. Ganhou estrutura, acidez e na boca experimentou-se uma verdadeira explosão de gulosice...
Parecia um dragão adormecido e ganhou bastantes pontos com isso..no entanto só ganhou pontos para sair da posição em que se encontrava, a qual era muito fraca.

Nota Pessoal -> 15,5 valores

Cabeça de Burro Branco 2006


Das Caves do Vale do Rodo aparece-nos este branco da colheita de 2006, de uma marca que nos tintos só lança o cabeça de burro em anos de excelência.Não tenho a certeza se nos brancos acontece a mesma coisa.

Feito a partir das castas Malvasia fina, Rabigato e Fernão Pires, localizadas nas zonas mais altas da Régua, Armamar e Tabuaço, e vinificadas com temperatura controlada (cerca de 12%).
Côr -> citrina, bastante brilhante.
Nariz -> Aromas delicados, fechados e com pouca concentração.Ressaltam citrinos,ligeiro tostado com manteiga, nada mais...muito fechado.
Boca -> Acidez boa, mas um pouco avinagrado na primeira abertura, já na segunda parecia mais delicado.
Nota Pessoal -> 14 valores
É um vinho que cumpre as suas obrigações e mais não surpreende...

Coroa D'ouro Colheita 1999


Vinho vinificado por Porto Poças.


Côr-> rubi intensa, com centro opaco.

Nariz -> Foi decantado meia-hora antes, a mostrar-se bastante fechado de aromas no inicio, aliás foi á segunda abertura, umas horas mais tarde que este vinho se mostrou.Bastante fruta madura do tipo pessego, framboesa, ligeira resina a englobar o conjunto, assim como aroma a bosque humido, imagine que se trata daquele aroma que se sente assim que se vai á procura do pinheiro de natal, aquele musgo molhado.Bastante baunilha. Assim como uma ligeira doçura a apadrinhar o conjunto e a tornar o vinho harmonioso e equilibrado.

Boca -> Bem este vinho é bem melhor no nariz do que na boca, mostrou-se um pouco chato, taninos ja velhotes e sem força, acidez ainda mais ou menos viva, final curto e sem vigor e um pouco avinagrado.Vinho sem grande corpo.Sem estrutura.

P.S: De salientar que este vinho recebeu o Premio Melhor Compra 2002 pela revista dos vinhos, mas provavelmente era nessa altura ou nos dois anos seguintes que esse vinho poderia mostrar a sua raça e o seu corpo, neste momento é um vinho desequilibrado.

Nota -> 14,5 valores.

Kopke tinto 2005


O Kopke deve deve o seu nome á Marca de Porto mais ancestral: Kopke.

Engarrafado por :

SOGEVINUS -Fine Wines, S.A.

Graduação -> 13,5%


Este vinho eu guardava alguma expectativa visto ter recebido nota 16 da revista dos vinhos, e também o eu já ter provado o 2003 e ter ficado muito agradado. Mas nem tudo são rosas, vamos lá dar uma palavrinha sobre este vinho.Com um novo rotulo em relação ao 2003, mais bonito mas só no exterior, porque no interior não se compara.
Côr -> rubi intensa.
Nariz -> Pouco complexo e a mostrar evolução. Começam a aparecer frutos maduros, caroço verde, aromas velhos e humidos a lembrar adegas antigas. A aparecer um ligeiro cacau e notas florais mas em quantidades pequenas.
Boca -> taninos agressivos a dar uma ligeira adstrigencia nas partes laterais da lingua, acidez mediana e um final muito pobre e com um sabor muito fraco, avinagrado e seco.

Nota Pessoal -> 14 valores

Aliança Galeria Branco 2001


Elaborado a partir de uvas da casta Bical, seleccionadas e vinificadas com grande rigor.
Vinificação-> Vinificação com maceração pelicular durante 12 horas, seguido de fermentação alcoólica a 16ºC. Battonage durante 2 meses.

Cor-> Cor palha claro.
Nariz-> Pouco complexo, a surgirem aromas citricos, com boas notas vegetais que lhe conferem uma atracção gulosa. Depois com mais concentração aparece feno e palha seca. Boas notas minerais a dar-lhe um ar cristalino e pleno.

Boca -> Muita e excelente acidez, a fugir um pouco para o avinagrado devido a estar muito tempo em garrafa, também já teve com certeza o seu tempo de abertura. No entanto a acidez confere-lhe um suavidade e requinte essenciais, a terminar com um belo final.Um belo varietal desta quinta, irei procurar uma garrafa recente para tirar as duvidas.
Nota pessoal -> 15,5 valores

Quinta do Infantado Dona Margarida Reserva

Este Vinho do Porto foi produzido em homenagem a D. Margarida, que com inteligência, firmeza de caracter, e a par de ambas com um coração generoso foi capaz de espalhar o bem em Covas do Douro e nas terras a que estava ligada por laços de sangue ou amizade. Então este vinho foi uma maneira de honrar essa mesma generosidade, esta terá sido a razão para a produção e origem deste belo vinho.
Envelheceu 7 anos em barricas de carvalho de 550 litros, apresenta 19,5% de alcool.
Côr-> Alaranjada, brilhante e límpida com centro opaco avermelhado.




Nariz -> Aromas bastante melados, caramelo torrado talvez já derretido,mel e bastante resina. Nota-se algo húmido, tavez bosque húmido. Bastante quimico e notas florais a envolver o conjunto bastante harmonioso por sinal.Especiarias ressaltam bem a dar aquele picante agradavel, parecia melão apimentado bem madurinho. Baunilha a apresentar-se no meio destes muitos aromas, fruto do seu bem conseguido estágio em madeira de carvalho.
Quanto á fruta ela aparece no tipo de compota de pessego essencialmente, assim como frutos secos do tipo nozes e passas secas.

Boca -> Taninos explosivos mas bem maduros e tratados. Muita elegância na maneira como oliquido se agarra ás paredes da boca, a deixar uma frescura e novamente um melado muito saboroso.Final muito agradável e persistente, sem excessos de alcool. Novamente muita frescura. Bastante corpo e acidez q.b.
Nota pessoal -> 17 valores.


Quinta da D'Aguieira Chardonnay 2002

Do produtor Quinta da Aveleda, vinificado na região de Beiras com 100% de uvas Chardonay com Graduação alcoólica de cerca de 13%.
Processo de Vinificação-> das vinhas da Quinta da Aguieira, são trazidas para a Adega da propriedade as melhores uvas da casta Chardonnay. Após uma ligeira maceração pelicular, segue-se uma suave prensagem das uvas a baixa pressão e fermentação e estágio em barricas de carvalho francês com batonnage semanal. Após o estágio de cerca de 6 meses; o vinho é estabilizado e filtrado antes do seu engarrafamento.
Nariz -> apresenta um aspecto límpido e cor palha brilhante.
Vinho bastante frutado do tipo tropical, amanteigado e ligeiro vegetal, ligeiro toque de baunilha resultante da fermentação e estágio em barricas de carvalho.Bastante mineral com acidez bem presente mas nunca agressiva, pelo contrário a mostrar bastante frescura que resulta num vinho extremamente agradavel sem excesso algum, isto porque aqui a madeira tem uma excelente relação com as uvas chardonnay, porque são as uvas que melhor beneficiam do estáio em madeira de carvalho.
Boca -> Macio, elegante e com boa acidez, ou seja um vinho que não foge ás caracteristicas dos vinhos 100% Chardonnay. Final bastante elegante e prolongado.
No entanto devo dizer que provavelmente este vinho já teve melhores dias, o seu tempo de abertura provavelmente já devia ter passado pelo que neste momento não ganha nada com a espera em garrafa, ABRA-O JÁ...
Nota Pessoal -> 15,5/16

Monte Seis Reis Boa Memória Tinto 2003


Castas -> Aragonês, Castelão, , Trincadeira e Cabernet Sauvignon.

Processo -> Fermentou com controlo de temperatura e com maceração prolongado seguida de um ligeiro estágio em madeira.
Côr -> Rubi intensa com centro opaco, límpido.
Nariz -> Nos primeiros 15 minutos mostraram-se aromas intensos a fruta silvestre, ameixa e a caroço verde, ou seja mostrou-se agressivo na primeira meia hora.Passada a meia hora mostraram-se aromas francamente melhores e mais complexos, desde feno e palha seca, ligeira resina a despontar por trás da fruta silvestre que continuava a mostrar-se como que a segura-la no colo, assim como algum eucalipto mas muito discreto.
Boca -> Seco e ligeiramente adstrigente.Boa acidez mas com taninos ainda verdes a precisar de calmia, com final ligeiramente curto mas agradável. Ligeiramente encorpado.
Nota Pessoal -> 15,5 valores

Tinta Roriz


Origem:
Conhecida por Tinta Roriz nas regiões do Douro e do Dão.
É a casta Ibérica por excelência, uma das poucas castas que Portugal e Espanha possuem em comum. Tempranillo, Tinto Fino, Cencibel, Ull de Lebre, são alguns dos seus muitos nomes utilizados em Espanha. A teoria mais certa para o surgimento desta uva, é de que monges a teriam levado da França para Navarra e Rioja, na Espanha, vindo depois para Portugal, mais precisamente para o Douro.

Qualidades:
É uma uva de amadurecimento precoce (daí vem seu nome espanhol Tempranillo, palavra originária de Temprano). É rica em matéria corante, resultando em vinhos de muita cor, aromas diversos - frutas vermelhas como cereja e framboesa; negras, como ameixa; e ainda muita especiaria, boa acidez e, em geral, taninos macios.

Potencial:
É das castas onde a correlação negativa entre a quantidade e a qualidade mais se acentua quando se ultrapassam rendimentos elevados, acima das 8 a 10 ton/ha.
No entanto com produções moderadas, possibilita a produção de magníficos vinhos ,os quais são bem aromáticos, alcoólicos, carregados de cor e encorpados, embora com pouca acidez total.
Quando provenientes de uvas bem maduras são aptos a vinificação e estágio em madeira podendo atingir assim grande nobreza de carácter e longevidade.

Muxagat tinto 2002


Bem este vinho era muito especial e portanto tentei trata-lo da melhor maneira possivel, isto porque o foi a primeira garrafa de vinho que a minha namorada me ofereceu.Consumida ontem ao almoço, com a temperatura quase ideal, se calhar não fazia mal decanta-lo visto que passado meia-hora ainda estava aguerrido e muito "Duriense", pelo que foi ao jantar na segunda abertura que ele realmente melhor se mostrou, mais suave e perceptivel das suas qualidades aromaticas.
Zona de produção -> Douro Superior.
Castas-> Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinto Cão e Touriga Nacional.Graduação -> 12,5%
Côr -> Granada sólida, com ligeiro centro opaco e anel com tons rubi.


Nariz -> Bastante fruta madura do tipo pessego, fruta silvestre, boas notas florais a ajudar ao conjunto e a envolver de forma graciosa o conjunto dos aromas, aquela doçura subtil que aparece nos vinhos do Douro a amaciar as notas mais agrestes destes vinhos.
O mineral também aqui presente mas bastante discreto, as notas vegetais são perceptiveis mas não consegui apanhar qual o tipo de vegetal presente. Um conjunto bastante harmonioso, e equilibrado.

Boca -> Não tão elegante como no nariz, mas bastante suave, apesar de que os taninos estão bem presentes, ou seja, não estamos perante um vinho chato, boa acidez, a deixar uma ligeira adstrigencia e um final moderado. Encorpado.

Nota pessoal -> 16 valores

Vinho Ribeira de Galegos

Este vinho foi-me aconselhado numa garrafeira pela dona, que me pareceu conhecedora dos vinhos. Era um vinho barato e então decidi experimentá-lo.
O seu rótulo não apresenta grandes indicações, que castas foram utilizados, se estagiou ou não, etc..Apresenta 14% de grau de alcool, foi concebido no douro superior, mais concretamente em S. João da Pesqueira.
Côr -> rubi bastante intensa, limpido.

Nariz -> Vinho bastante marcado pelo vegetal, mosto da uva bastante fresco a parecer que este vinho saltou directamente do lagar para a garrafa, bastante couro de animal, pelo, muito caracteristico dos vinhos alentejanos, encorpado,carnudo.Muito original este vinho, é bom encontrar assim vinhos que primam pela diferença independentemente de serem bons ou fracos...

Na boca é suave da a sensação de o puder trincar, taninos muito suaves, acidez média, aveludado e redondo, bastante elegante na boca e com um final moderado.
Viticultor -> António Aguiar

Nota pessoal -> 16
Dei uma nota assim não sei se por ser original ou mesmo bom...Vou já comprar outra.
Preço -> Pouco mais de 2 euros...parece um daqueles vinhos de garagem, á espera de serem descobertas, ou simplesmente um especiemen Alentejano em terras Durienses.

Vinho do Porto 10 Anos Tinto Douro Quinta Castelinho


A Castelinho Vinhos SA situa-se no Péso da Régua, em Vila Real.

Este vinho elaborado a partir das castas tradicionais da região, e cuidadosamente seleccionadas para que aguentassem bem o envelhecimento durante cerca de 10 anos, e para que posa evoluir positivamente, mas não durante muito tempo em garrafa, porque praticamente só os vintages podem evoluir durante bastante tempo em garrafa..
Côr -> O vinho apresenta uma cor de tijolo, límpido e brilhante. Castanha, sem centro opaco ou anel, significando provavelmente que este vinho está pronto a ser consumido e que o mesmo não irá envelhecer mais, pelo menos positivamente, indicando que se trata de um vinho velho e com estágio em barricas.
Aromas -> exclusivamente a frutos secos, tais como passas de figos, nozes, um forte amentolado, baunilha, talvez bolhachas de baunilha, flores do campo principalmente aquelas que dão o nectar as abelhas, um pouco de alcatrão mas bastante discreto e resina, a madeira muito bem integrada a não deixar que qualquer aroma se manifeste acima de outros.
Boca -> Vivacidade, um vinho aveludado, macio taninos completamente domados, guloso mas não em demasia, visto também se tratar de um Tawny. Final prolongado e fresco cheio de alegria, em que parece que não queremos acordar...e a querer encher o copo outra vez..
Bouquet -> isto é o aroma que fica após termos acalmado o copo durante algum tempo após termos abanado com o mesmo, no fim restam aromas caracteristicos apenas de vinhos que tiveram estágio.Aromas amentolados mais uma vez a encher-nos o nariz de frescura, baunilha e flores do campo.
Preço -> 8,95 no continente, após o desconto do mesmo valor no cartão, ou seja paguei 17,90, mas descontei metade para o cartão.

Nota pessoal -> 17 valores
Excelente este vinho do porto...mais um para esta quinta que muito admiro nos vinhos do porto.

Vindimas no Douro!!!


Desde queria explicar a razão pelo qual já não escrevo há algum tempo no Blog...E a razão foram as vindimas no douro e posterior recuperação...
É verdade fui vindimar para o Douro mas exactamente na Quinta de Vargellas em S. João da Pesqueira...a joia da coroa da Taylor's...deixem-me explicar porquê!!
Porque desta quinta sai provavelmente dos melhores vinhos do porto da região e do grupo da Taylor's, que engloba a Fonseca, Croft, entre outras...
Queria salientar o povo fantastico que trabalha naquela quinta, simplesmente fenomenais e profissionais...o caseiro daquela quinta o Sr. José Manuel Natário é uma pessoa fantastica e completamente profissional, os seus conhecimentos da vinha e do vinho são extraordinários e por vezes ultrapassam qualquer tipo de estudo que outros possam ter.

Acolheu-me de uma maneira excelente e muito simpática, isto porque não me conhecia de lado algum, lá para ele que estava um sujeito de Braga aqui a fazer???
O pessoal que lá encontrei foi 5 estrelas e tive pena de a minha estadia ter sido fugaz, apenas 3 dias...mas valeu a pena...conheci os processos pelo qual o vinho passa até chegar á garrafa, o que foi muito positivo!!!
Queria deixar o meu muito obrigado a todos os que fiquei a conhecer na quinta!!!A experiencia foi maravilhosa...

Espero um dia voltar a encontrá-los!!!!

Kopke tinto 2003


Deu-me gozo escrever este texto...

Vinho feito a partir das castas Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca, estagiou 12 meses em barricas de carvalho.


Côr: Ligeiro anel a denotar um certo envelhecimento e centro opaco.


Aromas: Estes aparecem fechados, a não se mostrarem e o mais interessante é que isso foi fantastico, notava-se aromas a fruta preta madura, chocolate e mel, parecia Vinho do Porto...o vinho tinha um ligeiro adocicado já no nariz, sem grande teor de alcool, o que me fascinou...portanto queria ver como era na boca, se ia decepcionar ou não...fico pela segunda, nao decepcionou....


Boca: Elegantissimo, redondo e aveludado, com taninos presentes e tão bem domados, acidez media, e um final suave, guloso, encorpado cheio de elegancia e prolongado, sem exageros de alcool, este vinho fascinou-me!!!


Nota pessoal -> Vão-me desculpar mas tenho que atribuir um 16 a este vinho, pela originalidade e prazer que me proporcionou.

Preço -> E o mais engraçado é que nem chegou aos 4 euros.Excelente relação preço / qualidade.

Niepoort LBV 2001

Este vinho vem catalogado em vários blogs da especialidade e então eu decidi experimentá-lo..

Côr: Vinho retinto, com a predominância da côr vermelha e anel côr de ameixa a suscitar que teve estágio naturalmente.


Aromas: É um vinho portentoso, soltando um ardor quente e picante que nos leva a tirar rapidamente o nariz do copo, é necessário esperar para que o mesmo acalme, mas passado uns minutos ele continua aguerrido. Muita fruta preta a dominar este vinho, assim como notas quimicas, chocolate e especiarias se nos concentrarmos.
Boca: É um vinho explosivo na boca, pujante com excelentes taninos, acidez muito boa e um final guloso e crocante.Final prolongado.Encorpado.

Bouquet: No final ficam as notas quimicas, e a ganhar por isso. Adora estas notas, que quando conjungadas com o resto dos aromas perfazem excelente musica para os nossos ouvidos, assim como a musica, tendo notas bem interligadas fazem melodias que perduram....


Nota Pessoal -> 16/16,5

Preço -> 12 euros

Touriga Nacional


Entre as tintas é a casta mais nobre. O cacho, pequeno e alongado, possui bagos diminutos, arredondados, de tamanho não uniforme, com a epiderme negra-azul revestida de forte pruína; a polpa é rija, não corada, suculenta e de sabor peculiar. É de maturação média e de produção algo heterogénea, sendo esta pequeníssima com relativa frequência e bastante dependente do modo de condução das videiras. Quando usada numa percentagem conveniente, obtêm-se vinhos com bom teor alcoólico, com aromas intensos de elevada complexidade, encorpados, com taninos nobres e susceptíveis de longo envelhecimento.


Potencial
Mostos com teores de álcool provável e acidez médios.
Considerada a melhor casta para elaborar o vinho do Porto tinto.
Dá excelentes vinhos, carregados de côr, muito aromáticos, adstringentes, com frutado intenso. São vinhos de guarda, exigentes em tecnologia que possa torná-los bebíveis ao fim de poucos anos. De melhor envelhecimento que a Touriga Franca.

Olá a todos os enofilos e ?musicologos?:)

Bem há algum tempo atrás surgiu a oportunidade de puder ir vindimar para uma quinta no Douro! Bem hoje isso concretizou-se e vou mais a minha namorada e outro casal para a Quinta de Vargellas da Taylor's, isso mesmo ouviram bem...é que desta quinta sai provavelmente o melhor vinho do porto desta marca...Dia 28 vou rumar lá para por maos ao trabalho..ouvi dizer que é duo mas quem corre por gosto não cansa...
Estes dias também enviei um mail á Sogrape para participar nas vindimas, mas seria mês e meio sem parar a trabalhar e se calhar ia ser complicado aguentar..tive muita pena de não ir, porque a disponibilidade não era a melhor...De salientar que na Sogrape foram muito amaveis para mim, e já agora o meu muito obrigado!!!

Castas e afins!!!

Olá a todos!
Hoje surgiu-me a ideia de falar sobre as castas que existem no nosso país e no estrangeiro, de maneira aprofundada, para que todos saibam quando vão comprar vinho, que tipo de aromas podem encontrar nos vinhos, claro que isto por si só não é suficiente e é aí que entram vários pormenores assim como o enólogo, etc....
Os vinhos apesar de terem determinadas castas podem não adquirir uma boa parte dos aromas a elas associados, os processos pelo qual elas passam, assim como o conceito de terroir podem interagir nos seus aromas.
Fica o repto lançado, não se esqueçam de consultar a informação que vou lançar nos próximos tempos então, seja sobre castas ou outro qualquer conceito associado ao vinho...
Até lá então..
Saudações!!!!!

Casal da Coelheira Branco 2006


Trata-se de um vinho Ribatejano, feito apartir das castas Fernão Pires, Chardonnay e Malvasia.

Aberta a garrafa a mesma libertou vários aromas o que me deixou intrigado, visto que foi vencedor de um premio no “Vinalies d’Argent”.

Apresenta uma cor citrina, ligeiramente esbranquiçada, muita fruta madura, eu diria muito madura isto porque a certo ponto parecia que me cheirava a laranja já em decomposição, aromas adocicados talvez rebuçado, a fazer lembrar um rosé, ligeiro toque vegetal, com pequenas nuances de tabaco e madeira bem integrada num conjunto harmonioso que me encheu de frescura a quando da sua degustação, acidez bem viva mas a faltar um pouco de corpo.

Final moderado, cheio de frescura. Uma bela relação qualidade/preço.


Preço -> quase 4 euros.

Nota pessoal -> 15,5

Adega de Pegões Colheita Seleccionada Branco 2006


Vinho a apresentar uma cor esbranquiçada com ligeiro toque amarelado, linda côr.Feito apartir das castas Arinto, Chardonnay e Antão Vaz.Estagiou em barricas de carvalho cerca de 4 meses.

No nariz é um vinho complexo, com os seus aromas a desvendarem-se conforme o tempo passa, aromas tropicais, citrinos, ligeiro aroma a doces do tipo rebuçado, realmente aparecem vários aromas neste vinho, madeira bem integrada, ligeiro toque vegetal e mineral, com um torrado majestoso a aparecer de fundo tipo a dizer nao te esuqeças que tou aqui, e que bem que ele está:)
Não é um vinho muito encorpado, mas tem uma excelente acidez que dá vivacidade ao mesmo, e que termina aguerrido, com final medio...
Um excelente vinho desta casa das terras do Sado.Completamente aprovado para este Verão que parece que chegou agora...
Nota Pessoal -> 15,5/16..Se tivesse o final mais elegante e prolongado daria o 16,5

Preço -> 2,99 no Jumbo, 3,98 no Feira Nova